O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSD), afirmou nesta sexta-feira, 22, em entrevista à Rádio Estadão, que seu projeto no momento é disputar a liderança do Executivo, mas ressaltou que o processo político é dinâmico.

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Questionado se aceitaria ser vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB), ele não negou. “Se o partido estiver negociando alguma composição (com outra candidatura), vamos avaliar. No momento meu projeto é ser candidato e o Gilberto Kassab (presidente do PSD) disse que a decisão vai ser minha”, afirmou.

Em críticas veladas a seus principais adversários, Fernando Haddad (PT) e João Dória (PSDB), Matarazzo disse que São Paulo não aguenta mais gestões “incompetentes ou oportunistas”. “Nós precisamos fazer o óbvio em São Paulo, enquanto fica todo mundo falando de coisas ‘moderninhas’, de como vamos chegar a 2060. Antes disso a gente tem de chegar a 2016. Não podemos ter parte da periferia da cidade sem pavimentação de rua”, afirmou.

Questionado sobre o eventual apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Haddad, Matarazzo disse que seria “o roto ajudando o rasgado” e que o líder petista colocou a perder seu histórico ao apoiar Haddad e a presidente afastada Dilma Rousseff.

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Já sobre sua saída do PSDB após 25 anos, o pré-candidato reconheceu que fica um “prejuízo emocional” grande e admitiu que não falou desde então com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Matarazzo afirmou que São Paulo precisa ser mais amigável aos negócios e diminuir a burocracia, incluindo na liberação de licenças de funcionamento ou na regularização de terrenos.

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“A cidade precisa de milhares de pequenas obras, não grandes empreendimentos. São coisas básicas, como pavimentação, limpeza de córrego, creches”. Ele criticou as ciclovias e faixas de ônibus feitas por Haddad. “Muitas ficam em frente a comércios e estão levando ao fechamento dessas lojas, tirando empregos da cidade. “A faixa de ônibus poderia ser só no horário de pico, não precisa ser permanente”.

O representante do PSD chegou a dizer que “dá preguiça” fazer oposição a Haddad na Câmara de Vereadores, já que, segundo ele, o prefeito “faz oposição a si mesmo, com uma medida nova a cada dia para perturbar a vida do paulistano”.

Matarazzo também criticou a decisão da gestão Haddad de tirar cobertores de moradores de rua. Segundo ele, a cidade tem mais de 16 mil moradores de rua e precisa de um serviço específico para tratar dessa população. “Sem essa atenção especial do poder público, isso seria omissão de socorro, o que é crime”.

Sobre a polêmica Uber x táxi, ele disse que a competição é boa e que o ideal seria reduzir as tarifas dos taxistas, para criar condições justas de atuação para todos. “Eu não vou taxar nada, sou radicalmente contra taxas desnecessárias, disse.