O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, rechaçou taxativamente, por meio de sua assessoria, a prática de ato ilegal ou vínculo com a Ideia Digital. “A investigação da Polícia Federal comprova a lisura de sua atuação no curtíssimo espaço de tempo, três meses, em que exerceu o cargo de secretário de Ciência e Tecnologia do município de João Pessoa.”
“Prova disso é que a investigação, profunda e minuciosa, determina o indiciamento de 23 pessoas, não havendo qualquer recomendação, neste sentido, quanto ao ministro”, assinala a assessoria. “Depois de quebrar os sigilos telefônico e bancário da Ideia Digital foi comprovado, conforme apurado pela PF, que não há nenhum tipo de relação financeira ou imprópria desta empresa com o ministro.”
Segundo a assessoria, “a licitação que resultou na contratação da Ideia Digital não foi conduzida por Aguinaldo Ribeiro e sim pela Secretaria de Administração do município, na época”. “Portanto, ele não licitou, não contratou nem pagou esta empresa.” A assessoria de Ribeiro é categórica: “Os investigados, entre eles adversários políticos do ministro, buscam agora desviar o foco dos graves indícios já constatados pela PF, por meio de declarações sem provas, com o objetivo único de embaralhar as investigações. O ministro repudia essa tentativa por parte desses adversários políticos”.
Segundo o gabinete do ministro, ele próprio tomou a iniciativa de pedir a apuração dos fatos ao Ministério Público da Paraíba e ao Tribunal de Contas do Estado assim que foi informado da denúncia. “O ministro solicitará ao Supremo Tribunal Federal que vá às ultimas consequências para elucidar o caso e punir os eventuais culpados.”
O vice-governador Rômulo Gouveia disse à PF que “não sabe afirmar como se deu a contratação do publicitário Duda Mendonça e não participou de qualquer gestão no sentido de contratar serviços para campanha”. A assessoria do governador Ricardo Coutinho não respondeu à reportagem. Duda e Paulo Badaró não foram localizados. A Ideia Digital afirma que “desconhece o teor do relatório supostamente feito pela Polícia Federal e qualquer hipótese de indiciamento” e que “vai se pronunciar no tempo, modo e forma que a lei lhe autoriza”. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.