Garantido no cargo de presidente do PMDB de Curitiba após o juiz Rogério Ribas derrubar a liminar que anulou a convenção municipal do ano passado, Doático Santos parece querer mostrar força. Ele está convocando os peemedebistas da capital para lançar o movimento Requião 2010 que, segundo ele, significa colocar o governador Roberto Requião (PMDB) como personagem principal na condução do partido nas eleições de outubro, ou seja, alçar Requião à presidência do partido, depondo o atual presidente, deputado Waldyr Pugliesi.

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“O PMDB de Curitiba se reúne quinta-feira (amanhã) para dar largada à chamada geral Requião 2010. Queremos reunir um grande contingente em torno da liderança do governador. Nossa intervenção direta e no Estado do Paraná e, para isso, é muito importante que o Requião esteja na direção do partido. Ele é nossa maior liderança e o fato de ele ter ascendência direta sobre a estrutura partidária é importante para esse papel que queremos que ele tenha, de mobilizar a sociedade paranaense na campanha eleitoral”, disse Doático.

O presidente do PMDB do Paraná disse que após a reunião de Curitiba tentará difundir a ideia nos demais diretórios municipais do partido. “Entendemos que nosso pensamento é o mesmo que da ampla maioria da base partidária. A imensa maioria vai acompanhar essa nossa postulação”. Doático disse pregar respeito a Pugliesi mas entende que Requião, com sua liderança, precisa comandar o partido. “Temos certeza que ele (Pugliesi) vai nos ajudar a tomar a melhor decisão para o partido, com a tradição democrática do PMDB para chegarmos a bom termo”, disse Doático que acredita que com o “respaldo partidário para se dirigir à sociedade paranaense no processo eleitoral, Requião nos dará condições de levar nosso candidato ao governo, Orlando Pessuti, à vitória e, ainda à construção de bancadas altamente representativas”.

Doático acredita que até abril o PMDB do Paraná define se troca ou não de comando, mas disse não ter pressa. “O prazo será determinado pela inteligência do partido, que sabe interpretar a conjuntura política como ninguém.

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Enquanto Doático estará no diretório tramando a troca de comando no partido, amanhã, o presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, estará em Umuarama, comandando mais um encontro do partido para alavancar a candidatura do vice-governador Orlando Pessuti à sucessão estadual. Pugliesi tem evitado comentar o movimento para destituí-lo do cargo, mas resumiu a situação em um comentário. “Por que não colocam toda essa energia, que estão usando para derrubar um companheiro, na construção da candidatura do Pessuti? Por que não fazem uma chamada geral para mobilizar o partido em torno da candidatura do Pessuti?”, provocou.

Na bancada do PMDB, o movimento para colocar o governador Roberto Requião no lugar de Pugliesi tem gerado constrangimento entre os deputados. “O Waldyr Pugliesi será presidente do partido até o fim do mandato para o qual foi eleito. Vamos parar com essa história”, disse o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli. Já o deputado Caito Quintana disse que, oficialmente, não há nenhuma manifestação do partido em defesa da troca de presidentes. “Para mim, isso não existe”, afirmou Quintana que considera que este tipo de questão jamais deveria ter sido tratada nos meios de comunicação.

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