O presidente estadual do PMDB, Orestes Quércia, lança oficialmente neste sábado em Araraquara, interior de São Paulo, sua candidatura ao Senado. O evento deve contar com a presença de aliados do peemedebista neste pleito, como o virtual candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM), além de parlamentares e outros correligionários. O presidenciável José Serra (PSDB) também foi convidado, mas não confirmou presença.
De acordo com Quércia, seu partido está há cerca de 20 anos fora do poder no Estado de São Paulo e ele analisa com otimismo as chances de obter uma cadeira no Senado. “Se eu me eleger, é claro que o PMDB paulista se fortalecerá.”
Às vésperas de se lançar candidato, Quércia faz uma autocrítica com relação ao seu partido, lamentando que apesar de ser um dos maiores partidos do País, “falta uma liderança nacional que atue como catalisador na legenda”. No seu entender, apesar de o PMDB ser um partido forte, o que conta hoje no País são os nomes e as lideranças políticas, como por exemplo o tucano José Serra e o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Em razão de o PMDB estar novamente dividido nessas eleições, é provável que a direção da sigla libere seus correligionários para as alianças e acordos regionais. A ampla maioria deverá apoiar a aliança com o PT de Dilma Rousseff – o presidente nacional da legenda, Michel Temer, é o mais cotado para assumir o posto de vice na chapa da petista nessas eleições presidenciais. Mesmo com este cenário, Quércia disse que vai avaliar a possibilidade de apresentar na convenção da legenda a proposta de apoio ao tucano José Serra. Até o momento, apenas os diretórios estaduais do PMDB em São Paulo e Pernambuco fecharam apoio ao PSDB.