Caso o PMDB lance candidato próprio à presidência da República, o dirigente do partido em São Paulo, Orestes Quércia, admite a possibilidade de escolher um nome peemedebista para o governo paulista.
“Se nós tivermos Roberto Requião (atual governador do Paraná) para postular a presidência, evidentemente vamos lançar um candidato próprio ao governo de São Paulo e dizer para José Serra: ‘sinto muito, mas temos de ficar com o nosso partido”, afirmou Quércia hoje, durante convenção na capital paulista para escolha do líder da legenda em São Paulo.
Quércia acrescentou que, além de São Paulo, concordam com a candidatura de Requião à Presidência, a ser definida em convenção em junho, os delegados do PMDB nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Pelo fato de Quércia ter defendido uma aliança com o DEM e o PSDB para a corrida ao governo de São Paulo, o deputado federal Francisco Rossi pleitea o comando do PMDB paulista com a chapa “Candidatura Própria Já”.
A votação está em curso e a apuração deve terminar somente no final da tarde. Quércia disse que não se surpreendeu com a atitude de Rossi. “A oposição não divide o partido e é legítima”, comentou.
Segundo Quércia, a manobra de Rossi seria um jogo de campanha. “Ele apoiou e votou favoravelmente à aliança”, disse. Rossi, por sua vez, nega ter dado qualquer apoio à aliança com os partidos. “Eu, como membro da executiva, só assinei a lista de presença. Eu nunca fui favor dessa decisão arbitrária”, defendeu Rossi.