O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) deve anunciar hoje a desistência da candidatura ao Senado por São Paulo. A decisão foi tomada depois de o peemedebista constatar a volta de um câncer na próstata, que havia sido tratado há mais de uma década. A renúncia será discutida hoje em reunião no Hospital Sírio-Libanês, onde Quércia está internado.

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Com a retirada do nome de Quércia, a chapa Unidos por São Paulo (PSDB/PMDB/DEM/PPS/PSC/PHS/PMN) fica com apenas um candidato a senador, o tucano Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário chefe da Casa Civil do governo José Serra.

Aloysio deve herdar o tempo de Quércia na TV. Mas pode ter de substituir seu suplente, Sidney Beraldo (PSDB), por Airton Sandoval (PMDB).

A saída do ex-governador da corrida pelo Senado vem num momento em que a disputa está mais acirrada. Pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo sobre as intenções de voto em São Paulo, realizada entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, mostra Netinho de Paula (PC do B) empatado tecnicamente com Quércia, com respectivamente 26% e 23% das intenções de voto. De acordo com a pesquisa, Marta Suplicy (PT) segue na liderança com 36% . O senador Romeu Tuma (PTB) tem 13% e Aloysio, 12%.

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Quércia deu entrada no Sírio-Libanês na última terça-feira. A equipe médica que o acompanha, coordenada pelos professores Raul Cutait, João Toniolo, Fernando Maluf e Álvaro Sarkis, diagnosticou “a recidiva de um tumor de próstata”.

Boletim divulgado pelo hospital no mesmo dia da internação de Quércia informava que o tratamento já havia sido iniciado. Depois de uma conversa com familiares, Quércia ligou para seus auxiliares mais próximos e antigos companheiros de PMDB. Convidou-os para a reunião. Com dificuldades para caminhar, ele avalia que deve mesmo renunciar.

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