O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, rebateu nesta terça-feira, 25, os ataques sofridos na propaganda do PSDB, que tentou vincular o ex-prefeito de São Paulo ao regime chavista da Venezuela, e disse que foram os tucanos que romperam o ciclo democrático ao não aceitar o resultado da eleição de 2014, quando Dilma Rousseff venceu Aécio Neves.
“Nós governamos 12 anos em um período de normalidade democrática. Quem rompeu a normalidade foram eles, o PSDB. Quem desrespeitou o resultado de 2014 foram eles”, disse Haddad, antes de uma caminhada em Campinas (SP).
Para reforçar o argumento, Haddad citou a entrevista do ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati ao jornal O Estado de S. Paulo na qual o tucano disse que “o partido cometeu um conjunto de erros memoráveis”. “O primeiro foi questionar o resultado eleitoral. Não é da nossa história e do nosso perfil”, disse.
Segundo Haddad, sua campanha vai manter a estratégia de não atacar adversários, embora setores do PT defendam que o candidato inicie ainda no primeiro turno um movimento para desconstruir Jair Bolsonaro (PSL).
Apesar do posicionamento, Bolsonaro foi alvo de ataques indiretos nos discursos. A fala do próprio Haddad foi interpretada como referência a ele. “Ditadura, não. Autoritarismo, não. Violência, não. Intolerância, não. Ódio, não”, disse o petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.