Em uma rápida declaração, que durou quatro segundos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), votou pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Que Deus tenha misericórdia desta Nação, voto sim”, disse, sem se levantar da cadeira de presidente da sessão. Após às 23h, os deputados confirmaram a aprovação da continuidade do processo de impeachment.

continua após a publicidade

O voto de Cunha foi o de número 229 em favor do afastamento de Dilma. Em julho do ano passado – após o delator da Operação Lava Jato Júlio Camargo afirmar que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina em contrato da Petrobras -, o peemedebista anunciou rompimento com o governo e passou a apregoar o desembarque do PMDB da base aliada, o que se concretizou meses depois.

Em dezembro do ano passado, Cunha aceitou o pedido de impeachment de Dilma no mesmo dia em que petistas anunciaram voto contrário a ele no Conselho de Ética. O fato levou o governo e a base aliada a dizerem que o peemedebista havia aceitado o processo por vingança.

continua após a publicidade