Com uma bancada de apenas cinco deputados federais e nenhum governador ou prefeito de capital, o nanico PEN alcançou protagonismo político nas últimas semanas ao pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar medida cautelar para barrar prisão após condenação em segunda instância.

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A repercussão do pedido surpreendeu até mesmo o comando legenda, que não esperava que a ação fosse atrelada ao caso ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Preso em Curitiba desde 7 de abril após ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o petista pode se beneficiar da cautelar.

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Até então, o PEN só tinha chegado a ocupar o noticiário político nacional quando o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) anunciou que poderia concorrer à Presidência da República neste ano pela legenda. Todo processo de negociação do presidenciável, segundo colocado nas pesquisas, foi amplamente acompanhado.

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Bolsonaro fez uma série de exigências. Uma delas era justamente retirar a ação no Supremo que questiona prisão após condenação em segunda instância. Na época, porém, o partido não retirou o processo. Outra exigência foi mudar o nome para Patriotas, esta aceita. No fim, não houve acordo. Bolsonaro se filiou ao PSL, e o PEN-Patriotas voltou à planície.

Com esse protagonismo de ocasião, o PEN se junta a outras siglas, que, embora com poucos representantes no Congresso Nacional, tiveram sucesso em ações na Justiça. Com apenas dois deputados e um senador, a Rede, por exemplo, conseguiu que o STF determinasse votação aberta do pedido de afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e que réus não possam integrar a linha sucessória da Presidência da República. (Igor Gadelha)