A juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro em férias, decidiu mudar a data da audiência de depoimento do ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT) Ricardo Berzoini e outras duas pessoas arroladas como testemunhas de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa Letícia – que estava marcada para as 9h30 da quarta-feira de cinzas, que este ano cai no dia 1.º de março.

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A data, que marca o encerramento do carnaval, pode ser considerada meio expediente nas empresas. “Trata-se de quarta-feira de cinzas, data na qual, excepcionalmente, o expediente da Justiça Federal tem se iniciado, ano a ano, a partir das 13h00. É recomendável redesignar a audiência”, assinalou a juíza, que remarcou a audiência para 15 de março, quando também será ouvido, por videoconferência, o ministro José Múcio, vice-presidente do Tribunal de Contas da União, como testemunha do ex-presidente.

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Réu em cinco ações penais na Justiça Federal no Paraná e no Distrito Federal, nesta ação o ex-presidente é acusado pela Lava Jato de se beneficiar de propinas da OAS no esquema de corrupção na Petrobras por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. A operação atribui a propriedade do imóvel a Lula. O ex-presidente também teria se beneficiado no armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016. O petista nega qualquer irregularidade.

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As audiências desta ação, a primeira da Lava Jato contra Lula, tem sido marcadas pelas interrupções e embates entre a defesa do petista, que afirma que o ex-presidente tem sido alvo de perseguição política.