A senadora Marina Silva (PV-AC) será, entre os pretendentes à cadeira presidencial, a primeira a ter sua campanha oficializada em convenção partidária, marcada para hoje, em Brasília. Sua entrada no auditório do Centro de Convenções Brasil 21, de onde sairá candidata, terá um intenso significado político e emocional: para dar o sim ao Partido Verde, precisou vencer fortes dúvidas de consciência – tamanha a gratidão que tem pelo PT e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do qual se sentia devedora.
Dívidas políticas à parte, porém, a senadora acreana acabou cedendo ao que considerava mais importante para o País: levar para a disputa presidencial sua cruzada pelo desenvolvimento sustentável, que pregou, sem muito sucesso, nos seus cinco anos e meio como ministra do Meio Ambiente.
Além disso, acredita que a batalha eleitoral vai lhe devolver, aos 52 anos, o encanto que perdeu pelo Senado. Sob os holofotes nacionais que lhe trará a candidatura, poderá cobrar da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) as posições que adotou, segundo ela, contrárias à causa ambiental e que a levaram a deixar o governo Lula em maio de 2008.