Enquanto PMDB alega não ter como conter a infidelidade e o PPS analisa internamente a possibilidade de expulsar seis filiados, o Partido Verde voltou a agir contra seus infiéis. O partido anunciou, ontem, a destituição de dez comissões provisórias municipais por falta de engajamento nas campanhas majoritárias do partido e por ter dirigentes trabalhando para candidatos de outras legendas.
Com candidaturas próprias à presidência da República (Marina Silva), ao governo (Paulo Salamuni) e ao Senado (Rubens Hering) e chapa completa para deputado federal e estadual, o PV, apesar de ver Marina oscilar sempre próxima aos 10% das intenções de voto na campanha presidencial, não conseguiu fazer seus candidatos deslanchar regionalmente. Salamuni não atingiu 1% nas pesquisas divulgadas semana passada, enquanto Hering aparece apenas na sexta posição entre os aspirantes ao Senado.
Parte desse insucesso dos candidatos do PV ocorre por falta de engajamento no interior, onde, às vezes, os dirigentes da legenda estão mais próximos das duas principais coligações que disputam a eleição no Estado, encabeçadas por Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT).
Também por questões locais, alguns dirigentes do PV estão apoiando, até candidatos de outros partidos nas proporcionais. Por esse motivo, o PV, que já havia expulsado por infidelidade ex-candidato a deputado federal Celso Goes, da região de Guarapuava, que após desistir da candidatura anunciou apoio a Cesar Silvestri (PPS), anunciou ontem a destituição das comissões provisórias de Califórnia, Inácio Martins, Cianorte, Mariluz, Ortigueira, Rio Azul, Rolândia, Sertanópolis, Terra Roxa e Toledo.
