A senadora Marina Silva (PV-AC) vai aproveitar o início do ano para acertar a equipe e as linhas de ação de sua candidatura. O primeiro movimento será sua apresentação no programa do partido, que irá ao ar em rede nacional de TV e rádio no dia 10 de fevereiro.
Pela primeira vez, ela falará diretamente para os eleitores na condição de candidata e sabe que precisa se tornar mais conhecida. O PV celebrará sua entrada no partido e apresentará sua trajetória política e de vida, buscando até semelhanças com a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como Lula, a origem de Marina é humilde e personagem de grande carisma. Trabalhou nos seringais do Acre, sofreu contaminação por mercúrio e conseguiu se alfabetizar tardiamente.
Ela será a estrela do programa que terá produção vip, dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles, do filme Cidade de Deus. O diretor é um dos novos “cardeais” que vêm se agregando à campanha, como é o caso do empresário Guilherme Leal, da Natura, possível vice na chapa presidencial de Marina.
Mas há preocupações da ex-ministra do Meio Ambiente e do PV. Uma delas é desfazer impressão que pode abrir mão da disputa ou ser linha auxiliar em favor da candidatura do governador de São Paulo, o tucano José Serra, líder nas pesquisas.
Ela diz que não existe a menor possibilidade de interromper o processo de sua candidatura nem de aproximação com a campanha tucana. Mas a impressão de afinidade fica mais forte com a participação na sua campanha de políticos do PV, próximos do governador paulista.
É o caso do deputado federal Fernando Gabeira e do ex-deputado Eduardo Jorge, que ocupou a Secretaria de Meio Ambiente no mandato de Serra como prefeito de São Paulo.