O PV caminha para a independência e não vai apoiar formalmente nem a petista Dilma Rousseff nem o tucano José Serra no segundo turno das eleições. Depois de mais de seis horas de reunião, os integrantes da Executiva do partido sinalizaram a tendência de liberar seus filiados para manifestações pessoais de apoio. No próximo domingo, o partido faz uma plenária para oficializar sua posição.
“As consultas informais sobre que decisão adotar estão em andamento”, afirmou ontem a senadora e candidata derrotada à Presidência Marina Silva (PV). “O taxista que me trouxe aqui sugeriu que fôssemos pelo campo da independência. Mas eu estava só de olho no taxímetro”, desconversou Marina. Depois de ficar em terceiro lugar no primeiro turno com cerca de 20 milhões de votos, ela virou alvo de disputa entre Dilma e Serra.
A Executiva do PV está dividida: parte defende o engajamento na candidatura de Serra e outra, na de Dilma. Nos três maiores Estados – São Paulo, Rio e Minas – são favoráveis ao candidato tucano. “Há um consenso de que qualquer que seja a decisão, que tudo será feito de uma maneira harmônica, preservadas a identidade e a autonomia da minoria”, afirmou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos favoráveis ao apoio a Serra. Já nos Estados do Norte e Nordeste prevalece o apoio à petista. É caso do deputado Sarney Filho (PV-MA), que já declarou voto na petista.