O deputado estadual Waldyr Pugliesi foi indicado ontem para a liderança da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa. O outro candidato à função, deputado Artagão de Matos Leão Junior, foi indicado para a vice-liderança do governo, para atuar junto com Luiz Claudio Romanelli, que ainda não foi formalizado no papel de líder do governo.
A escolha de Pugliesi quase rachou a bancada peemedebista. Mas uma discreta pressão do Palácio Iguaçu fez migrar alguns votos, antes prometidos a Matos Leão, para Pugliesi. Embora o governador Roberto Requião (PMDB) não tenha se posicionado oficialmente sobre a disputa interna no partido, as afinidades com Pugliesi pesaram na hora de a bancada decidir.
O deputado Nereu Moura, um dos cabos eleitorais de Artagão, disse que o PMDB já tem problemas demais para enfrentar e que resolveram entrar em acordo com o grupo de Pugliesi. ?Temos outros problemas para combater. Não adianta ficar criando mais problemas internos?, comentou.
Rigor
Conhecido por suas posições em defesa do Estado e antiprivatistas – Pugliesi liderou a bancada de oposição no governo Lerner durante a tentativa de privatização da Copel – o novo líder peemedebista disse que está disposto a administrar as contradições internas da bancada, onde convivem posições de esquerda com outras bem mais conservadoras. ?Defendo as posições de esquerda como as corretas. Mas também sei ouvir e compreender o pluralismo de nossa bancada e de nossa base de apoio?, afirmou.
Uma das primeiras dificuldades para levar à bancada a uma posição única será na hora de decidir sobre o veto de Requião ao Fundo de Previdência Complementar dos Deputados Estaduais. ?Esses casos polêmicos vão aflorar. Essas batalhas terão que ser travadas a partir de muita discussão?, disse Pugliesi.