Em reunião ontem com a direção nacional do PMDB, em Brasília, o presidente do partido no Paraná, o deputado estadual Waldyr Pugliesi, defendeu o lançamento do governador Roberto Requião à presidência da República na sucessão de 2010. A reunião foi coordenada pelo presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, que convocou todos os presidentes dos diretórios estaduais do partido para discutir as eleições municipais deste ano e a eleição presidencial.
Esta foi a segunda vez que o nome de Requião é apresentado como pré-candidato em um encontro nacional do PMDB. Na reunião anterior, no final do mês passado, a defesa da indicação de Requião pelo partido na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi feita pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia.
Pugliesi levou a posição do PMDB do Paraná. Disse que Requião tem um ?patrimônio moral irretocável? e que pode proporcionar à sigla um caminho próprio ao invés de ir a reboque de outro partido na disputa presidencial. O governador já sinalizou que gostou da idéia. Ele disse há duas semanas, em Curitiba, que se houver unidade no PMDB e a disposição de disputar para valer a sucessão de Lula, vai postular a candidatura.
Desde 93, quando Quércia disputou a presidência, o PMDB não lançou mais candidatos. Em 2001, o PMDB indicou a deputada federal Rita Camata para ser candidata a vice-presidente na chapa do atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Uma outra ala do partido, liderada por Requião, apoiou a candidatura do presidente Lula. Na eleição de 2006, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho venceu o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto em uma prévia, mas não conseguiu o apoio da maioria do partido para levar adiante a candidatura. Mais uma vez, o PMDB se dividiu. Parte apoiou Geraldo Alckmin. Outra ala subiu ao palanque de Lula.
Pugliesi disse que apresentou um balanço da política de alianças que o PMDB do Paraná irá adotar na disputa deste ano. Na semana passada, a executiva estadual aprovou uma norma determinando que, nas cidades onde não houver candidatura própria do partido, a orientação é para que as coligações sejam feitas preferencialmente com o PT, PV e PC do B. Quando o PMDB não for cabeça de chapa, acordos com o PSDB e o DEM terão que passar pela análise da direção estadual.