Mesmo tendo reduzido de seis para três o número de vereadores, o PT foi a legenda mais votada para a Câmara Municipal de Curitiba nas eleições de 3 de outubro. Na eleição proporcional, na qual foram eleitos 38 vereadores, o partido obteve 14,4% dos votos válidos. Em segundo lugar, está o PFL, com 11,52% dos votos válidos. Em terceiro, o PSDB, com 10,12%.

Na eleição para vereador, os votos nominais dos candidatos do PT, somados, chegaram a 98,3 mil. Mais 34,1 mil eleitores votaram na legenda do partido. No total, o PT obteve 132,4 mil votos. Os do PTB, que elegeu 4 vereadores, somaram 41,2 mil – menos da metade. Já o PMDB, que também teve 4 candidatos eleitos, obteve um total de 68,5 mil votos nominais. O PC do B, 9,6 mil.

“A maioria da população de Curitiba ainda identifica o PT como o partido de sua preferência. Uma rápida análise sobre os resultados das urnas na capital paranaense mostra isso”, avaliou o vereador Adenival Gomes (PT), que não conseguiu se reeleger. “Esses números revelam que o resultado obtido pelo PT nas urnas de Curitiba não condiz com a iminente redução da bancada do partido na Câmara Municipal.”

Aliança

Entre os partidos que formaram a coligação que apoiava Vanhoni, o PT foi, de longe, o partido de melhor desempenho – mesmo desconsiderando-se os votos de legenda, que dariam ainda vantagem ao partido. “Não fosse pela aliança que acabou sendo firmada, teríamos eleito de 6 a 7 vereadores do PT”, lamentou Adenival, que obteve mais de 5,7 mil votos. O vereador petista ficou na segunda suplência da coligação que apoiava Angelo Vanhoni (PT).

Adenival também lamentou a derrota de Vanhoni na disputa pela Prefeitura de Curitiba. O vereador atribuiu a derrota de Vanhoni a uma série de fatores, entre eles os problemas relacionados à aliança política firmada pelo PT. “A aliança não foi bem costurada dentro do PMDB, e a sua ampliação para outros partidos serviu apenas para dividir o PT, e para lançar um clima de apatia generalizada sobre a nossa militância.”

Quanto à nova composição da Câmara Municipal, Adenival afirma temer que a fiscalização das ações da prefeitura seja prejudicada. Isso porque pelo menos 30 dos 38 vereadores já estariam na base de apoio do sucessor de Cassio Taniguchi (PFL). “Se, na atual legislatura, a Câmara já tem dificuldades para fiscalizar a prefeitura, a partir de janeiro terá mais ainda.”

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