PT tenta maquiar aliança com tucanos em Minas Gerais

Com resistências ao acordo costurado entre o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), e o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), para a eleição de outubro, a cúpula petista já começa a traçar a rota de fuga do terreno minado. Para escapar do fardo de apadrinhar um casamento entre os dois partidos, com reflexo na sucessão presidencial de 2010, a direção do PT planeja um jogo de palavras típico de resoluções que prometem dor de cabeça. A saída no figurino petista para aprovar o acordo deverá embutir uma artimanha: repetir à exaustão que a aliança em Belo Horizonte não é com o tucanato, mas com o PSB.

A possível dobradinha de petistas e tucanos na capital mineira ultrapassa as fronteiras do município e é o primeiro movimento relevante para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Embora Lula tenha dado a bênção à união, dirigentes do PT torcem o nariz para o acordo fechado entre Pimentel e Aécio. A dupla pretende lançar a candidatura de Márcio Lacerda, do PSB, à Prefeitura de Belo Horizonte, tendo o PT como vice da chapa. Detalhe: Lacerda é secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Aécio. Além disso, é ligado ao deputado Ciro Gomes (PSB), que, a exemplo do governador mineiro, está de olho na cadeira de Lula.

A polêmica promete esquentar a reunião do Diretório Nacional do PT, marcada para o próximo dia 24, com o objetivo de definir com quem o partido pode ou não se aliar nas eleições de outubro. ?Eu não estou propondo nenhum absurdo?, afirma Pimentel. ?Artificial seria se eu, Aécio e o presidente Lula, que sempre nos demos bem inventássemos uma disputa agora.?

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo