Ao lançar nesta terça-feira (28) o nome do senador Tião Viana (PT-AC) para a Presidência do Senado, a bancada do PT deu início à campanha do partido para a eleição que será realizada em fevereiro e comprou uma briga com o PMDB. O lançamento de Viana foi feito durante jantar na residência do senador petista Eduardo Suplicy (SP). O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e outros senadores petistas entrarão em ação, agora, para convencer o PMDB a apoiar Viana, que também já está em campo buscando apoios na oposição. Nesta quarta (29), em jantar, a bancada peemedebista deve reafirmar a posição de continuar no posto de comando do Senado.

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Nos bastidores, os petistas apostam que os peemedebistas aceitarão os apelos do PT, mesmo porque o PMDB, apesar de ser majoritário, não dispõe de um nome forte para concorrer com Tião Viana. E não acreditam que o senador José Sarney (PMDB-AP) aceitaria disputar com Viana no plenário. O líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que seria uma opção para a presidência, comunicará hoje à noite aos colegas que deseja ser reconduzido à liderança em 2009. Essa atitude pode atrapalhar os planos do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem o apoio de Sarney, e causar um racha na bancada.

O líder do PMDB insiste em afirmar que o acordo pelo qual a Câmara ficaria com o presidente do partido, Michel Temer (SP), em troca do apoio ao PT no Senado, não passou pela bancada de senadores peemedebistas. Mas o senador Suplicy está confiante: “A nossa expectativa é de que o PMDB terá boa vontade com o PT”, afirmou.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) também aposta em um entendimento com o PMDB em favor de Tião Viana e, com outros petistas, está trabalhando pela unidade da base aliada. Segundo Mercadante, os senadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), ambos do PMDB, já anunciaram apoio ao petista. “Não será uma representação partidária, mas fruto de consenso”, previu, acrescentando que, no jantar de ontem, toda a bancada fechou com Tião Viana. Prova disso foi a carta enviada aos colegas pelo petista Delcídio Amaral (PT-MS), que havia manifestado desejo de concorrer à presidência do Senado, mas abriu mão da pretensão mão para apoiar o senador acreano.

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