O diretório nacional do PT promoveu ontem a primeira rodada de conversas em Curitiba para tentar mediar um acordo entre os pré-candidatos à prefeitura nas eleições do próximo ano – o deputado estadual Angelo Vanhoni e o deputado federal Florisvaldo “Rosinha” Fier – visando evitar a realização de prévias para a escolha do candidato à sucessão municipal. Em reunião realizada entre os integrantes das executivas municipal e estadual do PT e o coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do diretório nacional do partido, Joaquim Soriano, ficou estabelecido que Curitiba terá que se definir até 4 de outubro ou então marcar a data das prévias que, conforme a orientação do diretório nacional, terá que ser realizada até o final do ano.

Soriano veio à cidade sentir o clima da disputa interna para fazer um relatório à direção nacional. A próxima reunião em Curitiba deverá ser com o presidente nacional do PT, José Genoíno. Rosinha não participou da conversa de ontem. A justificativa foi que estava no Uruguai.

Vanhoni compareceu e defendeu o que chama de consenso interno. “Acho que temos boas chances de produzir um bom acordo para o partido”, afirmou o deputado, sem comentar em que termos poderia haver o entendimento. Uma das avaliações feitas no encontro foi que o PT precisa ter uma política de alianças eficiente para vencer a disputa em Curitiba.

Para Vanhoni, isso significa ter o PMDB como principal aliado do PT, o que contraria alguns setores do partido, como o presidente estadual do partido, André Vargas, que não concorda com a existência de aliados preferenciais. “O André está falando em nome dele. O que irá prevalecer é o que cada cidade irá decidir. Em Londrina (cidade de Vargas), o PT e o PMDB não têm uma história de relacionamento positivo. Mas em Curitiba, é o contrário. Os dois partidos têm uma trajetória comum”, comparou Vanhoni.

Além de Curitiba, o coordenador do grupo eleitoral também recolheu informações sobre o quadro eleitoral de outras cidades consideradas importantes para o partido, como Londrina, Ponta Grossa e Maringá. O Grupo de Trabalho Eleitoral está mapeando as chances de vitória do partido nas principais cidades do país.

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