Sucessão

PT tem plano B caso alianças fracassem

Se a aliança com o senador Osmar Dias der errado, e não houver acerto com o PMDB, o PT já lista internamente os nomes que poderão disputar o governo se, no final das negociações, a alternativa for a candidatura própria nas eleições do próximo ano.

Embora o grupo que controla o partido no Estado tenha aprovado uma pré-indicação do ministro Paulo Bernardo, no início deste ano, ele não se empolgou e a posição está sendo cogitada para outros petistas. Um dos cotados é o ex-prefeito de Londrina Nedson Micheleti. Outra opção seria a secretária estadual de Ensino Superior, Lygia Pupatto.

Micheleti disse que já expressou a disposição de ser candidato ao partido. Ele entende que o PT precisa ter um nome para concorrer ao governo, ainda que a direção estadual esteja empenhada em costurar a aliança com o PMDB, PDT e os outros partidos da base de apoio do presidente Lula no Congresso Nacional.

Ao contrário do ministro, que aposta na aliança com o PDT, Micheleti acredita mesmo é num acordo com o PMDB. Mesmo assim, o ex-prefeito defende que o PT tenha uma opção de candidatura, para lá na frente não ficar sem chão, se não houver a reprodução da aliança de Lula no Paraná.

Ciciro Back
Nedson: nome à disposição.

“Acho que todo partido deve ter candidato próprio. Não estou disputando nada com ninguém. Apoio o nome que o partido indicar. Nós precisamos de uma aliança forte de apoio à candidatura da ministra Dilma e acho que a conversa com o PMDB é importante. Mas eu entendo que não podemos ficar esperando. Temos que ter nossa própria candidatura para não ficarmos na mão, em abril, quando chegar a hora das definições”, afirmou Micheleti.

Ele lembrou que no PMDB, apesar de o governador Roberto Requião e o vice-governador Orlando Pessuti mostrarem uma inclinação clara de apoio à candidatura da ministra, outros do partido não escondem que preferem estar no palanque tucano em 2010.

Micheleti disse que não tem a intenção de concorrer a qualquer outro cargo em 2010. “Para contribuir com o partido, seria candidato apenas ao governo”, afirmou.

A proposta de fazer do senador Osmar Dias o candidato ao governo de uma aliança estadual que daria sustentação à candidatura da ministra é vista com ceticismo pelo ex-prefeito de Londrina. Ele não vê sinais de interesse por este acordo no senador pedetista.

Agência Brasil
Bernardo: sem empolgação.

Para Micheleti, Osmar não deu ainda nenhuma demonstração ao PT de que não está mais conversando com o PSDB. “O senador Osmar Dias ainda não disse ao PT que quer o acordo. E acho que ele prefere uma aliança com o PSDB. Acho que aquele acordo que existia entre o Osmar e o Beto, na eleição de 2006, ainda pode prosperar”, afirmou.

Também apontada como opção de candidata ao governo, a secretária do Ensino Superior ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto. Entre os projetos de Lygia estaria a disputa à prefeitura de Londrina, em 2012.

Já a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, apesar de ter sido incluída na pesquisa sobre o desempenho eleitoral de alguns pré-candidatos em Curitiba, não está na lista dos nomes que poderão disputar o governo. Gleisi, se não for candidata a deputada estadual, está reservada para a eleição ao Senado.

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