A vereadora Ana Maria Holleben, de Ponta Grossa, foi suspensa ontem pela executiva paranaense do Partido dos Trabalhadores (PT). A parlamentar é suspeita de ter forjado o próprio sequestro minutos após ter sido empoosada. A punição deve durar 60 dias. De acordo com nota enviada pelo presidente do PT, deputado Ênio Verri, a decisão se baseou no artigo 246, do estatuto, que considera passíveis de punições os membros que se envolverem em denúncias que possam gerar “repercussões negativas” ao partido.

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Com a decisão, Ana Maria também deverá se afastar do cargo de vereadora e das atividades que desenvolve na direção partidária. A determinação da executiva estadual também pede “celeridade máxima” aos membros do PT, em Ponta Grossa, na investigação e julgamento no Conselho de Ética.

Cadeia

Minutos após sair da cerimônia de posse, Ana Maria desapareceu. Inicialmente, um dos assessores alegou que ela teria sido sequestrada. Após sair da cerimônia, no Cine Teatro Ópera, a vereadora deveria ir à Câmara, onde participaria da sessão para a escolha do presidente da Casa. A ausência dela provocou o cancelamento da sessão.

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Dois dias depois, o assessor que prestou queixa à polícia foi preso. Ele teria confessado que forjou o sequestro da vereadora, que também foi presa. Após conseguir habeas corpus, Ana Maria foi solta e passou por tratamento psiquiátrico.