PT se mexe para expulsar servidor por violação de sigilo

Diante da afirmação da Receita Federal de que Gilberto Amarante, funcionário do órgão em Formiga, no interior de Minas Gerais, acessou intencionalmente os dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, o PT de Arcos (MG), ao qual o analista é filiado, já se movimenta para a sua desfiliação do partido. A apuração da Receita contradiz a versão de Amarante de que abriu os dados de Eduardo Jorge por “confusão”.

De acordo com o presidente, Hideraldo José, ele ficou sabendo pela imprensa sobre o relatório da Receita. “Fiquei sabendo agora que o relatório culpa o Gilberto. Então teremos de reunir os integrantes do partido para estudar o caso e fazer a desfiliação dele, já que essa polêmica está prejudicando o PT sem que o partido esteja envolvido”, disse ele, sem anunciar a data da reunião.

Na Receita Federal em Formiga o assunto não é abordado. O chefe da seção, Jorge Faria, afirmou que não poderia dar nenhum parecer sobre o relatório já que o caso está nas mãos da Corregedoria da Receita. “Somente ela pode dar um parecer sobre o caso.”

A investigação da Receita desmente o servidor e afirma que ele acessou intencionalmente, sem motivação funcional, os dados fiscais de Eduardo Jorge em 3 de abril de 2009. “Os indícios encontrados não remetem a um acesso equivocado, mas sim a uma consulta direcionada”, diz relatório. Em cima disso, foi pedida a abertura de um processo disciplinar contra o funcionário, filiado ao PT desde 2001.

O servidor alegou que buscava um “homônimo” do dirigente tucano, mas a corregedoria descarta essa possibilidade. A corregedoria diz que não há nenhum documento ou elemento na Receita em Formiga que justifique a abertura dos dados do tucano.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna