PT-RS anuncia chapa com Tarso e Dutra para o Senado

O PT, PTB e PCdoB fizeram nesta quarta-feira, em Porto Alegre, o anúncio oficial da chapa majoritária que concorrerá às eleições de 2014 no Rio Grande do Sul. Os partidos confirmaram os nomes que ganharam força nos últimos dias para acompanhar o governador Tarso Genro (PT) na campanha pela reeleição. A vaga de candidato a vice ficará com a ex-secretária de Turismo do Estado Abigail Pereira (PCdoB) e o aspirante ao Senado será o ex-governador Olívio Dutra (PT), que estava afastado da vida política e não aparecia no arranjo inicial discutido.

Olívio foi convocado para dar mais peso à coligação e mobilizar a militância de esquerda. Ele considerado o único capaz de enfrentar o pré-candidato do PDT a senador, o radialista Lasier Martins, que aparece como grande favorito em todas as pesquisas de intenção de voto. Além disso, a presença de Olívio na chapa dará uma contribuição importante para a campanha de Tarso, que disputará a vaga ao Palácio Piratini com a senadora Ana Amélia Lemos (PP), que também lidera as pesquisas de intenção.

No anúncio, Olívio revelou que se sentiu muito “honrado e orgulhoso” com o convite. O ex-governador do Rio Grande do Sul brincou que já dorme pouco e, nós últimos dias, tem meditado muito e descansado menos ainda. “Nossa tarefa é aperfeiçoar o projeto que está fazendo bem ao Rio Grande do Sul e ao Brasil”, afirmou, ao dizer que trabalhará pela reeleição de Tarso no Estado e da presidente Dilma Rousseff (PT).

Para tornar viável a candidatura de Olívio, o PTB teve de abrir mão de integrar a chapa eleitoral majoritária no Estado, o que não estava previsto no plano original, antes de ele entrar em cena. Depois de uma rodada de negociações que durou vários dias – e terminou com reuniões na manhã de hoje -, o partido aprovou o nome de Abigail para candidata a vice e aceitou indicar o suplente de Olívio. O maior interesse da legenda, no entanto, é ganhar mais espaço político no novo governo do Rio Grande do Sul. Tarso Genro saudou as siglas aliadas e elogiou sua postura no processo de negociação. “É moda no Brasil atacar partidos para destruir a política”, afirmou. “Essa capacidade de articulação que tivemos aqui deve servir de exemplo para o País.”

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