Ao contrário de São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, onde mobilizações em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão sendo marcadas para domingo, Curitiba não deverá, na mesma data, levar militantes petistas às ruas para protestar contra os resultados desestabilizadores da última fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta-feira.

continua após a publicidade

Ontem, o presidente do PT do Paraná, deputado federal Enio Verri, afirmou que irá orientar os apoiadores do governo para que, no domingo, deixem as vias livres para os grupos anti-PT. Um ato em defesa de Lula está programado para 18 de março.

Segundo Verri, a negativa de marcar protestos para o próximo final de semana é sustentada pelo receio de enfrentamentos nervosos, como o que ocorreu em São Bernardo do Campo, logo após a Polícia Federal (PF) ter conduzido coercitivamente Lula para prestar depoimento em razão da operação Aletheia. “Nós queremos lutar pela democracia e não se consegue isso com violência”, avalia Verri, que vai propor aos manifestantes pró-Lula e Dilma para que se manifestem por meio das redes sociais. “Vamos usar as redes sociais para mostrar o risco que a democracia está vivendo hoje”.

“Fora Dilma

continua após a publicidade

Em comemoração ao primeiro aniversário da manifestação que os grupos anti-PT consideram histórica realizada em diversas capitais brasileiras ao mesmo tempo, no dia 15 de março do ano passado , movimentos sociais estão programando atos por todo o país neste domingo. No Paraná, além de Curitiba, outras 11 cidades têm manifestações “Fora Dilma” confirmadas. Na capital paranaense, o ato será conduzido pelos movimentos Vem Pra Rua (VPR) e Brasil Livre, que já estiveram à frente dos protestos realizados em 2015.

De acordo com Patricia Mascarenha, coordenadora do VPR Curitiba, desde os últimos resultados da Lava Jato subiu de 700 para 10 mil a quantidade de pessoas que confirmaram, vias redes sociais, a participação no protesto.

continua após a publicidade

O grupo acredita que esse ato supere a concentração de março do ano passado, que levou 80 mil pessoas às ruas da capital.