O presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou nesta quarta-feira, 31, uma nota pública na qual diz que o PMDB é o aliado prioritário na aliança de Dilma Rousseff e reafirma a intenção de reeditar a chapa com o vice Michel Temer no projeto de reeleição da presidente.

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O gesto do dirigente ocorre dias depois de correntes de seu partido divulgarem documentos defendendo novas alianças para Dilma na eleição de 2014. Na terça-feira, por exemplo, o governador petista do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, disse que o PMDB é mais “problema do que solução” e pregou mudanças, sob a alegação de que a aliança que garantiu a continuidade do PT no poder em 2006 está “superada”.

“Para desfazer informações desencontradas veiculadas nos últimos dias, o PT vem a público reafirmar sua parceria governamental e aliança eleitoral prioritária com o PMDB”, escreveu Falcão. “Além disso, continua com a firme disposição de reeditar, em 2014, a chapa que nos levou à vitória em 2010, com a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer.” Também nesta quarta, o PT divulgou a resolução de seu Diretório Nacional cujas versões iniciais questionavam a política de alianças de Dilma. No texto desta quarta, como previsto, as críticas foram excluídas a fim de evitar mais problemas com os aliados.

Eleições internas

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Enquanto tentam lidar com os peemedebistas, os petistas se preparam para a sua eleição interna, marcada para novembro. Falcão tentará a reeleição. A corrente majoritária que apoia Falcão, da qual faz parte o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preparou um documento no qual prega “novas formulações” na política econômica, tarifa zero para os transportes e regulamentação da mídia. Na esteira dos protestos de rua, Dilma disse, em junho, que o transporte gratuito é inviável. “Não existe tarifa zero: ou se paga passagem ou se paga imposto.”

Intitulado O Brasil quer mais e melhor, o texto da corrente afirma que a melhoria nas condições de vida da população “fica esmaecida pela mobilidade urbana cada vez mais difícil”, pela “sensação de corrupção do mundo político e judiciário” e critica a “ineficiência” dos sistemas de saúde e de educação públicos.

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Economia

Com 12 folhas, o texto trata com cautela as mudanças defendidas na política econômica, mas não se refere a “inflexões” – termo usado no rascunho da resolução política do Diretório Nacional do PT e retirado da versão final. “A política econômica, guiada pela perspectiva da distribuição de renda, com equilíbrio fiscal, estratégia cambial (…) depende de novas formulações para viabilizar as mudanças mais profundas e mais rápidas reivindicadas pelo povo brasileiro”, destaca a tese do grupo que apoia Falcão, citando a reforma tributária e a política industrial. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.