A direção estadual do PT começou ontem a busca por partidos que possam compor uma aliança em torno da pré-candidatura do senador Flávio Arns ao governo, nas eleições de outubro. A primeira sigla a ser procurada foi o PL, aliado da eleição de 2002 e integrante da base de apoio do governo federal. Os presidentes dos dois partidos, o petista André Vargas e o deputado federal Pastor Oliveira, almoçaram juntos em Curitiba para um primeiro contato.
Oliveira acha que ainda é cedo para compromissos e disse que a coligação com o PT é o plano "B" do PL. A primeira opção do partido é a candidatura própria ao Palácio Iguaçu do ex-prefeito de Guarapuava, Vitor Hugo Burko, que o PL já vem divulgando nos horários destinados aos partidos em emissoras de rádio e televisão pela Justiça Eleitoral. "Se houver algum problema com a nossa candidatura própria, então, a nossa opção será o PT, já que estamos na base de apoio do presidente Lula nestes três últimos anos", afirmou o dirigente.
Oliveira não disse o que pode fazer o PL trocar a candidatura própria pelo PT. "Tudo pode acontecer. O Vitor Hugo pode ser abduzido por um disco voador", brincou. "Antes de me eleger deputado, eu não acreditava em disco voador, mas depois de chegar a Brasília, acredito em qualquer coisa. Já vi boi voando", disse.
Para Vargas, a coligação com o PL no Paraná é natural, já que o partido está dentro do leque de apoios e de alianças do PT nacional. "Respeito a candidatura própria do (ex-prefeito de Guarapuava, Vítor Hugo) Burko, mas as conversações devem continuar até a definição no mês de junho", declarou.
Próximo
Vargas pretende conversar, na seqüência, com o presidente estadual do PSB, Severino Araújo. O PSB é outro dos aliados nacionais do presidente Lula e que também esteve em seu palanque, em 2002.
Se com o PL a conversa não foi das mais promissoras, com o PSB o diálogo também não é fácil. No Paraná, o PSB é dirigido por Severino Araújo e tem entre seus filiados o ex-governador Jaime Lerner e sua mulher, Fani. O PSB foi aliado de Lerner nos seus dois mandatos e do prefeito Cássio Taniguchi (PFL), na Prefeitura de Curitiba. Além disso, Araújo já vem se reunindo desde o ano passado com o PSDB, PFL e PDT, durante as articulações, para lançar um candidato de oposição ao governador Roberto Requião (PMDB).