A partir de março, o PT vai fazer uma série de oficinas para orientar seus militantes sobre como usar as redes sociais, como Twitter e Facebook, na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff e dos candidatos do partido.
Segundo o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, coordenador das oficinas, a ideia é arregimentar uma legião de militantes com nome, rosto e orientação política clara para se contrapor à imagem de campanhas subterrâneas na rede, difundidas desde as eleições de 2010. “Nós vamos para as redes sociais mostrando a cara, ao contrário de outros partidos por aí que usam robôs para espalhar mentiras”, disse Cantalice.
De acordo com ele, as oficinas começam no início de março em São Paulo, numa parceria com o diretório estadual local, e depois serão realizadas em outros Estados. Nelas, os militantes receberão orientação política e informações sobre o programa partidário e ações das administrações petistas.
“Vamos discutir política com a rapaziada”, disse Cantalice. O vice-presidente do PT rejeita acusações de doutrinação virtual.
Notícias
As oficinas de redes sociais integram o plano de trabalho do partido para a área de comunicação, definido pela executiva nacional petista na segunda-feira, 27. Além delas, a direção do partido decidiu transformar as páginas da legenda em uma rede nacional de notícias.
O modelo do site foi apresentado por dois diretores da agência Pepper, na reunião. O partido pretende contratar jornalistas em Brasília e em outros Estados para municiar as páginas com notícias de interesse do PT, como realizações do governo federal, agenda parlamentar, decisões partidárias e opiniões de dirigentes sobre os temas do momento.
Nesta terça-feira, 28, o secretário nacional de Comunicação do PT, vereador José Américo (SP), se reuniu com os responsáveis pela área em 17 Estados, para orientar as estratégias regionais de propaganda.
Entre fevereiro e maio, o PT terá direito aos programas e inserções estaduais. De acordo com Américo, a prioridade é evitar deslizes que possam resultar em perda de tempo na TV, a exemplo do que ocorreu em São Paulo, em 2010, prejudicando a campanha do partido no Estado.
Entre os riscos apontados estão o não cumprimento da cota de mulheres nos programas e textos de conteúdo eleitoral. Os candidatos do partido aparecerão falando do programa político do partido. Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem organizar uma agenda de gravações para os programas do partido em todo o País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.