PT precisa capitalizar gestão de Lula

Na abertura do primeiro debate preparatório do PT do Paraná para o seu III Congresso Nacional, marcado para agosto, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o partido precisa capitalizar os resultados da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deixar de lado a mania de ser oposição ao próprio governo. ?O PT tem um cacoete oposicionista. Fez oposição durante muito tempo. Só que agora precisamos mostrar o que foi feito. O povo já reconheceu esses avanços?, disse o ministro.

Ele fez uma exposição sobre os três meses do governo Lula, durante o encontro do diretório estadual, realizado na sede do partido, em Curitiba, onde, além de uma avaliação dos primeiros três meses do segundo mandato de Lula, os petistas também discutiram a participação no governo de Roberto Requião (PMDB) e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O ministro do Planejamento afirmou que o reconhecimento popular ao governo Lula foi demonstrado nas eleições do ano passado e que poderá se repetir nas eleições municipais do próximo ano. ?O melhor jeito de colher bons resultados é trabalhar. Quem é governo tem que trabalhar. Já o partido tem que se manter autônomo e independente, mas precisa capitalizar os avanços?, afirmou.

Alianças

Sobre a participação do PT na administração do governador Roberto Requião (PMDB) da qual sempre foi crítico, Bernardo afirmou que, desta vez, há diferenças em relação ao mandato anterior. ?Antes, o PT não se sentia comprometido com o governo Requião. Ele também não estava comprometido com o governo Lula. Agora, é diferente?, afirmou o ministro. Porém, Bernardo acha que a aliança administrativa não tem que se transformar, necessariamente, numa parceria eleitoral para o próximo ano. ?Governo é governo. Eleição é outra história?, disse.

O PT tem três secretarias no governo estadual: Planejamento, Ensino Superior e Agricultura. Para o presidente estadual do PT, deputado federal André Vargas, a possibilidade de uma aliança entre PT e PMDB para as eleições municipais do próximo ano depende do que os dois partidos fizerem juntos desde já, não apenas dentro, mas também fora do governo. ?O PT e o PMDB devem encontrar uma forma de fazer o debate eleitoral. Em Curitiba, deveríamos estar juntos na mobilização popular para apresentar as fragilidades do governo de Beto Richa?, disse Vargas. O dirigente petista acha que, independente de o PT e o PMDB terem, cada um, a sua própria candidatura à sucessão do prefeito Beto Richa (PSDB) em 2008, deveriam estar atuando juntos na fase pré-eleitoral na capital. 

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