O presidente do PT, José Eduardo Dutra, avaliou, em entrevista à Agência Estado, que o partido pode eleger até sete governadores em outubro. Ele aponta quatro favoritos: os candidatos aos governos do Acre, Bahia, Sergipe e Pará. E cita três Estados em que, se o candidato petista chegar ao segundo turno, teria chances de vencer: Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Além desses Estados, o PT também lançou candidatos ao governo em São Paulo, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Em Tocantins, o ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão, na última hora, renunciou à candidatura ao governo para apoiar o candidato do PMDB, Carlos Eduardo Gaguim, e resolveu disputar o Senado.
O PT aposta mais fichas nas eleições do senador Tião Viana no Acre e na reeleição dos governadores Jaques Wagner da Bahia e Marcelo Déda de Sergipe. Ele vê dificuldades na reeleição da governadora Ana Júlia, do Pará, mas acredita que ela vença o ex-governador Simão Jatene (PSDB), seu adversário mais forte.
No Distrito Federal, o principal adversário do ex-ministro Agnelo Queiroz (PT) é o ex-governador Joaquim Roriz (PSC). No Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro enfrenta o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB). Num segundo turno, o peemedebista tem mais chances de herdar os votos da atual governadora, Yeda Crusius (PSDB), caso ela chegue em terceiro lugar, conforme indicam as pesquisas nesse momento.
Em Santa Catarina, o PT conta com o apoio da cúpula peemedebista para desconstruir a tríplice aliança – DEM, PSDB, PMDB – que há anos mantém-se no poder no Estado. O senador Raimundo Colombo (DEM), representante dessa coalizão, lidera as pesquisas e é o principal adversário da petista Ideli Salvatti.
Em São Paulo, Dutra torce para que os candidatos do PP, Celso Russomano, e do PSB, Paulo Skaf, subam nas pesquisas, a fim de levar a disputa para o segundo turno. A avaliação do comando petista é de que, se o senador Aloizio Mercadante (PT) chegar ao segundo turno, teria chances de vencer o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com o apoio maciço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Dutra reconhece que o PT renunciou à cabeça de chapa em Estados onde poderia eleger o governador, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, para fortalecer a aliança nacional com o PMDB. Mesmo assim, o dirigente petista acha que essa opção não prejudicou o partido. Ele lembra que, em 2006, o PT lançou 21 candidatos ao governo e elegeu cinco governadores. Neste ano, ele espera eleger, no mínimo, o mesmo número de governadores, lançando apenas 10 candidatos.