Após algumas tentativas frustradas de realizar grandes mobilizações em torno da pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava jato, o PT começou nesta segunda-feira, 25, a discutir um novo calendário de manifestações até o dia 15 de agosto, data máxima para a inscrição das candidaturas na Justiça Eleitoral.

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A ideia é debatida no conselho político do partido, que se reúne nesta tarde na capital paulista. Cerca de 20 dirigentes de peso estão reunidos, entre eles a presidente da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR), a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-prefeito Fernando Haddad, os ex-presidentes do PT Rui Falcão, Ricardo Berzoini e José Genoino, além de Gilberto Carvalho, Paulo Okamoto e o senador Lindbergh Farias (RJ), entre outros.

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O calendário de mobilizações é parte do debate sobre o plano da pré-campanha. A data da convenção nacional, por outro lado, segue indefinida.

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Como mostrou mais cedo o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, os petistas voltam agora a pesar os prós e contras de adiar a indicação de um candidato à Presidência. O dilema é que, enquanto empurra a decisão para frente, a legenda esteja perdendo espaço na negociação de palanques estaduais com aliados preferenciais, como PSB e o PCdoB, ao mesmo tempo em que vê o avanço de adversários como Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) nas pesquisas.

Defesa

Durante a reunião desta segunda-feira, de Curitiba, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, explicou o novo recurso que a defesa apresentou contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de barrar a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra sua condenação.

A defesa de Lula afirma que seu recurso extraordinário “preenche todos os requisitos de admissibilidade, não havendo qualquer óbice constitucional, legal ou sumular para o seu processamento”.

O ex-presidente, teria explicado Zanin, “quer demonstrar sua inocência plena”, em referência ao pedido feito – e logo depois retirado pela própria defesa – de pedir a prisão domiciliar do petista.