Convencido de que dificilmente definirá seu palanque em São Paulo antes do final de abril, o PT traça um plano para evitar que o vácuo de candidatura no maior colégio eleitoral do País abale a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Sem uma resposta clara do deputado Ciro Gomes (PSB) sobre o seu futuro político, líderes petistas querem que estrelas da sigla intensifiquem a presença em São Paulo, reforçando a estratégia de ampliar a agenda de Dilma no Estado.
A meta é evitar que o governador José Serra (PSDB) e possíveis nomes tucanos para a sucessão – o secretário do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira – “nadem sozinhos” na cena política paulista no período pré-eleitoral.
Petistas estão de olho em líderes partidários em geral. Mas o foco está no senador Aloizio Mercadante (SP), apontado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como opção para o Palácio dos Bandeirantes, caso Ciro recuse a vaga. A avaliação é de que, ao buscar mais exposição, Mercadante se firmaria como plano B. Mas, se Ciro optar na última hora por São Paulo, o esforço seria facilmente reaproveitado em sua campanha de reeleição.