A presidente estadual do PT de Pernambuco, Teresa Leitão, vai dar entrada, nesta sexta-feira, 19, a uma notícia-crime por difamação ao partido no Ministério Público Eleitoral do Estado. Ela quer investigação policial para apurar pichações que apontam o PT como responsável pela queda do avião que matou o ex-governador e ex-candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB), em acidente no dia 13 de Agosto em Santos (SP). A frase “O PT matou Eduardo Campos” está, segundo ela, em muros de sete cidades pernambucanas, incluindo o Recife.

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“Não vamos deixar o PT exposto”, reagiu. “O PT não matou Eduardo Campos”. Leitão estima que as pichações começaram a surgir há cerca de três semanas e eram entendidas como expressões espontâneas, pessoais, tendo se propagado depois por muros dos municípios metropolitanos de Paulista e Moreno e de cidades da zona da mata (Escada, Palmares e Lagoa do Carro) e do agreste (Gravatá).

“Todas as pichações têm a mesma letra e a mesma frase”, observou a dirigente partidária, ao descartar ligação da ação com o acirramento da campanha estadual depois que o candidato do PSB, Paulo Câmara, empatou e ultrapassou o candidato do PTB, Armando Monteiro Neto, de acordo com as pesquisas. Monteiro Neto tem o apoio do PT e aparecia em franca vantagem sobre o adversário, indicado por Campos e então desconhecido do eleitorado. Com o novo quadro, os ataques passaram a ser constantes, lado a lado, assim como acusações mútuas de depredação de material de campanha.

“As pichações têm conexão com as próximas eleições”, avalia Leitão, que quer identificação e punição dos responsáveis. “O partido está em campanha e Campos morreu na campanha”.

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Ela estima que existem mais de 10 pichações no Recife e informou que independente da ação do PT pernambucano, no município de Palmares, o partido procurou a delegacia local para prestar queixa sobre os muros pichados na cidade.