Enquanto aguarda o início de uma agenda mais intensa da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em São Paulo, o PT vai centrar fogo na promoção de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em um esforço para fazer frente à força do governador José Serra (PSDB), provável candidato tucano ao Palácio do Planalto, petistas fizeram as contas e passarão as próximas semanas declarando exaustivamente que investimentos do PAC no Estado deverão totalizar R$ 120,1 bilhões em 2010.
A conta, que inclui a contrapartida de Estados e municípios, servirá para preparar o terreno para visitas cada vez mais frequentes de Dilma a São Paulo, que devem ter início já nos próximos meses.
O empenho da legenda em se fortalecer no maior colégio eleitoral do País também resultou na criação de uma força-tarefa de ministros, montada com o objetivo de ajudar na promoção de obras federais em São Paulo.
Governado pelo PSDB desde 1995, o Estado de São Paulo reúne 29 milhões de eleitores. Ciente de que até mesmo o presidente Lula tem dificuldade para vencer uma eleição no Estado, o PT decidiu eleger a região um dos centros de sua estratégia para corrida presidencial de 2010.
Nas últimas semanas, o partido vem demonstrando preocupação, por exemplo, com a estratégia publicitária do governo paulista. O temor maior é de que Serra consiga capitalizar sozinho os dividendos eleitorais de obras que contam com uma fatia de recursos federais, como é o caso do Rodoanel, uma das prováveis bandeiras de campanha do PSDB nas eleições deste ano.