A ex-candidata a senadora, Gleisi Hoffmann, é o nome mais forte para disputar a Prefeitura de Curitiba no ano que vem pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ela ainda precisa enfrentar uma prévia com o deputado estadual Tadeu Veneri, mas o seu nome tem a simpatia da maioria dos membros do partido. Ontem o diretório estadual se reuniu para discutir as estratégias de candidaturas e alianças para todo o Estado, além do Processo de Eleições Diretas (PED), que irá trocar as lideranças nacionais, estaduais e municipais em dezembro.
Segundo o atual presidente do diretório estadual do PT no Paraná, o deputado federal André Vargas, a maioria dos membros do partido quer apostar em Gleisi para a disputa da Prefeitura de Curitiba. Não é para menos, na última eleição para o senado ela conquistou mais de dois milhões de votos, sendo uma boa parte em Curitiba. No entanto, seu nome ainda não está fechado. Veneri também quer entrar nesta briga e já avisou que é pré-candidato à Prefeitura de Curitiba. Se o partido não chegar a um consenso, a situação será definida nas prévias que devem ocorrer no início do ano que vem.
O PT também está de olho na prefeituras das grandes cidades do interior do Estado. Vargas disse que ele deve ser o candidato do PT a disputar a Prefeitura de Londrina; Péricles de Mello deve ser candidato a reeleição em Ponta Grossa e, em Maringá, está cotado o atual secretário de Planejamento do Governo Requião, Ênio Verri.
Outro assunto que também entrou na pauta foi o Processo de Eleições Diretas (PED), que irá trocar as lideranças nacionais, estaduais e municipais em dezembro. Os militantes têm até 9 de outubro para apresentar o nome dos candidatos. Mais uma vez Gleisi aparece como favorita para dirigir o diretório estadual.
Ela participou do encontro ontem e disse que se fosse para manter a união partidária aceitaria a liderança estadual. Mas, no entanto, afirmou que vem se preparando mesmo é para disputar a Prefeitura de Curitiba. Segundo ela, vem estudando a cidade, as questões de saúde, educação, entre outras, para ter uma visão mais holística da administração pública. ?Posso não ser escolhida para disputar a Prefeitura, o que não pode acontecer é chegar lá e não estar preparada?, falou.
Junto com o nome dela, também estão sendo estudados outros nomes para dirigir o partido como o da deputada estadual Luciana Rafagnin e o de Verri. O secretário também não demonstrou muito interesse em ficar na liderança estadual do partido. Ele acha que é preciso aprofundar mais os debates em relação a seu nome. Para ele, seria muito difícil conciliar os dois cargos. Como presidente do PT estadual teria que arranjar tempo para percorrer o interior do Estado, principalmente no ano que vem por causa das eleições. Ele também não pensa em deixar o cargo de secretário. ?Acho que a minha saída seria precipitada?, falou.
Outro ponto discutido ontem foi a candidatura de André Vargas para a presidência nacional do partido. O atual presidente, Ricardo Berzoini, já manifestou interesse em deixar o cargo. Em uma reunião do campo majoritário composto por cerca de 40 deputados esse mês, ficou forte a articulação do nome de outro deputado federal para continuar na presidência. Caso Berzoini desista já foram levantados alguns nomes. Além do deputado paranaense, figuram a lista Maurício Rands (PE), Marco Maia (RS) e Carlos Abicalil (MS).