A deputada federal Clair Martins e a diretora financeira da Usina de Itaipu, Gleisi Hoffmann, são as duas pré-candidatas que se inscreveram para disputar a vaga ao Senado, no encontro do diretório estadual do PT, concluído anteontem, dia 5, em Curitiba. No encontro, o senador Flávio Arns aceitou a indicação para ser o pré-candidato ao governo. A definição entre dra. Clair e Gleisi ficou marcada para o dia 18 de março, no encontro extraordinário do diretório estadual.
Como o estatuto do partido não prevê a realização de prévias para a vaga ao Senado, a escolha será feita pelos delegados ao encontro estadual. Segundo o presidente estadual do PT, André Vargas, são cerca de quatrocentos filiados com direito a voto, que foram eleitos no processo de eleição direta que renovou as direções nacional, estadual e municipal do partido, no ano passado.
No próximo sábado, dia 10, o partido começa uma série de encontros regionais para discutir a chapa majoritária. As duas pré-candidatas participam dessas reuniões para expor suas propostas. O primeiro dos encontros será em Maringá. No domingo, dia 10, a reunião será em Paranavaí.
Alianças
O PT paranaense pretende deixar a candidatura a vice-governador como margem de acordo para as alianças com outros partidos. O assunto vai entrar em debate na reunião da executiva estadual, marcada para a próxima terça-feira, dia 14. Vargas afirmou que o tema não deve suscitar divergências, já que as alianças do partido no estado irão se limitar a reproduzir as coligações que forem feitas para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste leque de aliados estão o PL, PSB e PC doB, citou.
A intenção do PT era evitar o bate-chapa na vaga ao Senado. A direção estadual pretendia obter o consenso para a indicação, mas nenhuma das pré-candidatas abriu mão de concorrer. Entre as duas, Gleisi é mais afinada com o grupo que comanda o partido no estado e que faz a defesa do governo Lula, rebatendo as críticas à política econômica de outros setores do partido. Dra. Clair está no grupo dos deputados federais que condena a condução da política econômica.
Para evitar maiores atritos, a direção estadual dispensou a aplicação de um dispositivo do regimento interno que exigia o apoio de no mínimo 3% dos filiados para registrar a candidatura ao Senado em listas oficiais do partido.