PT não tem pressa de entrar no governo

O presidente estadual do PT, deputado estadual André Vargas, disse ontem que o partido não tem pressa em definir a participação no governo do estado. Vargas afirmou que na hierarquia das preocupações internas, este é um tema secundário. O primeiro é estabelecer o que chamou de uma ?sintonia fina? entre os governos estadual e federal. ?Não podemos participar de um governo em conflito com o governo do presidente Lula?, disse o dirigente petista.

Ele afirmou que o tema da participação do PT no governo somente deve ser discutido, e não é o principal ponto da pauta, na reunião do diretório estadual marcada para 8 de dezembro. A data coincide com a volta do governador Roberto Requião (PMDB) da França, para onde embarca no sábado, dia 25. O governador somente se debruçaria sobre as mudanças que pretende fazer na equipe depois da viagem.

Para o presidente estadual do PT, a posição do partido é clara. Não há nenhum veto a que seus filiados e lideranças integrem o governo. Mas o PT não irá se oferecer a Requião. ?Não temos impedimentos à participação, mas também não temos exigências. Para nós, o que interessa neste momento é que haja uma relação equilibrada entre governo e partido, governo estadual e governo federal e um diálogo permanente?, comentou. Vargas disse que ele, na condição de presidente do partido, o ministro Paulo Bernardo, o diretor geral da Usina de Itaipu, Jorge Samek, e a diretora financeira de Itaipu, Gleisi Hoffmann, estão dispostos a atuar para que o diálogo flua entre Lula e Requião.

A campanha eleitoral serviu para reaproximar os dois partidos, afirmou. ?A campanha mostrou que de um lado estão o PMDB e o PT e do outro o PSDB e o PFL. Tanto nós como o Requião entendemos que esse é um novo momento e, por isso, superamos algumas divergências anteriores?, disse.

Currículos

Mas se oficialmente o PT não abriu negociações com o governador, informalmente as discussões apontam alguns nomes que poderiam integrar a equipe de Requião. O deputado estadual e deputado federal eleito Ângelo Vanhoni, o deputado federal reeleito Assis do Couto e os deputados estaduais Elton Welter e Pedro Ivo Ilkiv estão na lista. As áreas cogitadas são agricultura e educação.

O nome que encabeça todas as listas de especulações, o de Gleisi Hoffmann, que teve o apoio de Requião para concorrer ao Senado, não integra a lista de possibilidades internas. O comando do PT prefere ver Gleisi na diretoria financeira de Itaipu ou em algum cargo do governo federal.

Outros nomes citados, como o deputado estadual Natálio Stica e a deputada federal Clair da Flora Martins, também não entrariam na relação de possíveis futuros auxiliares de Requião. Questionado se o partido daria aval a uma indicação dos dois deputados, que não se reelegeram, Vargas afirmou que o governo não pode servir para acomodar aliados que não obtiveram bons resultados eleitorais. ?Eles podem participar do governo se for na quota pessoal do governador?, declarou.

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