O presidente estadual do PT, deputado Enio Verri, disse que não acredita que o senador Osmar Dias (PDT) concorde em trocar a pré-candidatura ao governo por uma vaga de candidato ao Senado na chapa que terá o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa na disputa ao governo. Verri disse que o fato de não ter havido um acordo entre o PT e o PDT para uma aliança no Paraná não pode ser determinante para o projeto de Osmar. Para Verri, se Osmar aceitar a proposta do PSDB, será um suicídio político. “O senador está na segunda posição na disputa ao governo. Não deveria ser um acordo com o PT o fator determinante para ele ser candidato ao governo”, disse o dirigente petista. “A candidatura dele é boa para o Paraná e para a democracia. Ele não vai desistir”, acrescentou.
As conversas entre o PT e o PDT foram interrompidas no mês passado, quando o senador Osmar Dias condicionou o acordo à indicação da ex-presidente estadual do PT Gleisi Hoffmann como candidata a vice-governadora. O PT manteve a pré-candidatura de Gleisi ao Senado e o diálogo parou. Verri disse que a continuidade desta negociação depende exclusivamente da direção nacional do partido. “Não apenas no Paraná, mas em todo o país, quem está coordenando as conversas sobre candidaturas ao governo é a direção nacional. Cabe a nós aguardar”, afirmou o presidente do PT do Paraná. Desde que PT e PDT romperam as negociações, os presidentes nacionais do PT, José Eduardo Dutra, e do PDT, Carlos Lupi, já discutiram o caso do Paraná. Porém, para a direção estadual do PT não houve nenhuma orientação para restabelecer o contato com o PDT.