Sucessão

PT nacional trabalha por aliança com Osmar

A direção nacional do PT considera o quadro eleitoral do Paraná complexo, mas continua no firme propósito de fazer do senador Osmar Dias (PDT) o candidato a governador de toda a base aliada do presidente Lula no Estado, incluindo principalmente o PMDB. A posição do comando nacional do partido foi manifestada pelo deputado federal José Eduardo Cardozo, secretário-geral do diretório nacional do PT, que se reuniu ontem, em Curitiba, com a direção e lideranças estaduais do partido. Cardozo veio à cidade para ouvir o que os petistas do Paraná pensam sobre a sucessão estadual e como estão se conduzindo na construção de um palanque para a pré-candidata do PT à presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff.

Apesar dos percalços no diálogo com PMDB e PDT no Paraná, Cardoso avaliou que a cúpula do PT paranaense vem trabalhando a contento. “A condução é boa porque é preciso entender que o cenário é variável. A direção nacional respeita a dinâmica local, mas a possibilidade do entendimento regional passa pelo entendimento nacional”, comentou. E no plano nacional, as conversas entre PT, PMDB e PDT nunca fluíram tão bem como agora, assinalou o dirigente nacional do PT. “O nosso diálogo com a direção nacional dos dois partidos é excelente. Existe clima nacional para o entendimento no Paraná”, apontou Cardozo, um dos responsáveis pela administração dos conflitos entre aliados nos estados.

Cenário ideal

Embora indefinido, o quadro eleitoral do Paraná ainda não é considerado um problema para a direção nacional do partido. Ao contrário, o Paraná oferece perspectivas positivas para o PT e seus aliados, afirmou Cardozo. Na avaliação nacional, é o estado onde uma aliança bem construída entre a base aliada oferece não somente a oportunidade de contribuir com a vitória da candidatura presidencial, como pode também resultar na conquista do governo do Estado. “Se unirmos as forças que defendem o governo Lula, temos a presidente e o governador. Isso não é pouco. Não podemos nos dar ao luxo de abdicar de uma condição tão propícia como essa”, comentou.

Cardoso destacou o crescimento da candidatura da ex-ministra no Paraná como um elemento que pode ajudar a aglutinar as forças aliadas no Estado. Desde dezembro até agora, a ex-ministra cresceu nove pontos nas pesquisas de intenções de votos. De janeiro a maio, Dilma subiu de 25% para 34% no estado, enquanto seu adversário José Serra (PSDB) caiu de 48% para 46%. “A Dilma cresceu muito no Paraná. Antes mesmo de começar a campanha, ela já atingiu o patamar do presidente Lula na eleição.”, comparou o secretário-geral. Os aliados também precisam ter essa percepção da realidade, defendeu Cardoso. “Isso tem que ser considerado pelos nossos aliados, que defendem esse projeto. Por que sair fora, agora, no momento, em que o cenário é vitorioso?”, ponderou.

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