A direção estadual do PT apresenta na próxima terça-feira (dia 20) em Curitiba o quadro das candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereadores no Estado para os deputados estaduais e federais do partido, que serão convocados a participar de um roteiro de campanha nos 377 municípios onde a sigla está disputando a eleição. O partido está definitivamente fora da disputa em 12 cidades e ainda aguarda a confirmação de candidaturas petistas em outros dez municípios, informou o presidente estadual do partido, deputado André Vargas.

Em outubro, o partido irá concorrer com 145 candidatos a prefeito, setenta candidatos a vice-prefeito e 2 mil e 493 candidatos a vereador, cobrindo 95% dos municípios. A projeção de desempenho segue uma lógica de prioridade. O presidente do partido prefere não citar números, mas diz que a meta é eleger o prefeito de Curitiba e de municípios da Região Metropolitana da capital, manter as doze prefeituras atuais e ampliar a presença nas administrações dos pequenos municípios, num processo que Vargas define como “interiorização” do PT.

Na eleição proporcional, o projeto também é ambicioso. Atualmente, o partido tem representantes nas câmaras municipais de cem municípios. O objetivo é triplicar a representação parlamentar, ou seja, eleger vereadores em pelo menos trezentas cidades.

Prós e contras

As previsões eleitorais no Paraná seguem uma recomendação do presidente nacional do PT, José Genoino, que vem orientando o partido a evitar os números redondos sobre o resultados das urnas. A queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na origem da diretriz petista. Vargas afirmou que independente da popularidade de Lula – “acho que a influência dele é sempre positiva” – previsões são sempre um risco e “podem dar certo ou não”. Nesse caso, observou, “é melhor estabelecer metas mais abrangentes”.

Para Vargas, a expectativa do partido é favorável, comparando com eleições anteriores. “Antes, o PT era novidade. Isso era positivo, mas também tinha o lado negativo. A novidade era vista com preconceito porque havia o temor da baderna, da inexperiência administrativa. Ganhamos prefeituras, governos, a presidência da República e o preconceito não existe mais porque o partido mostrou que sabe “administrar”. Sobre o desgaste do governo, o presidente do partido é otimista. “Está certo que não tem mais o encanto. Mas é mais forte para nós o fato de não ter mais o preconceito”, disse.

PMDB é principal aliado

Um dos fatores apontados pelo presidente estadual do PT, deputado André Vargas, para sustentar uma previsão otimista do desempenho eleitoral do partido é a realização de coligações. O PT vai apoiar candidatos majoritários de outros partidos em 232 municípios.

“Respeitamos a lógica municipal e fizemos uma política de alianças ampla e aberta”, definiu o dirigente petista. No espectro de aliados do PT, não prevaleceu a lógica nacional. Adversários do governo Lula apóiam candidatos do PT ou por eles são apoiados em vários municípios do Paraná.

O quadro de alianças do diretório estadual mostra que PSDB e PT vão dividir o palanque em sete cidades paranaenses. Com o PFL, a situação é semelhante. O PT está apoiando nove candidatos pefelistas a prefeito. O PFL retribuiu apoiando dez candidaturas petistas. O PDT, oposição nacional, está coligado ao PT em dezoito cidades.

Aliados

Um dos principais aliados do PT no Paraná nesta campanha eleitoral é o PMDB. O PT está apoiando candidatos peemedebistas nas prefeituras de 86 municípios. O PMDB apóia o PT em treze cidades, mas uma delas é Curitiba, o maior colégio eleitoral do Estado. Já o PPS tem o apoio do PT em 28 cidades. Mas apóia cabeças de chapa do PT em outras dezesseis.

Os demais aliados petistas são o PTB e o PP. O PTB, além de Curitiba, tem dez candidatos apoiados pelo PT. Em troca, apóiam sete candidaturas petistas. A mesma proporção foi registrada pelo PP, relatou o presidente do partido.

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