Incomodado com o fato de nenhuma liderança do partido integrar a bolsa de apostas para o futuro ministério do governo Dilma Rousseff, o PT mineiro se articula para cobrar da presidente eleita espaço no primeiro escalão. Petistas lembram que o diretório estadual se sacrificou em favor do PMDB ao ceder a cabeça de chapa na disputa pelo governo para Hélio Costa. Ao mesmo tempo, reivindicam reconhecimento pela “bela vitória” de Dilma no segundo colégio eleitoral do País, onde bateu por quase 1,8 milhão de votos o rival José Serra (PSDB) no segundo turno.

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“Pela importância do Estado, é inaceitável que Minas não esteja no ministério da presidenta mineira”, disse ontem o presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes. “Vamos discutir isso.” Uma comissão do PT-MG tinha reunião marcada na noite de ontem, para avaliar as expectativas mineiras. O PT local tem como principais ministeriáveis Fernando Pimentel e Patrus Ananias, derrotados em outubro.

Próximo de Dilma, Pimentel deixou a coordenação de sua campanha após ser vinculado à montagem de um grupo suspeito de produzir dossiês contra tucanos. O grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte mira as pastas de Cidades, Turismo ou Esportes.

Já o grupo ligado a Patrus torce para que ele seja reconvidado para o Ministério do Desenvolvimento Social. No PT mineiro, contudo, há quem aposte que o ex-ministro seja indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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