O PT-MG decidiu expulsar três prefeitos do partido que manifestaram apoio na eleição deste ano à candidatura do governador reeleito Antonio Anastasia (PSDB). O diretório estadual petista se reuniu hoje em Belo Horizonte e, por unanimidade, optou pela desfiliação dos prefeitos das cidades de Mutum, Gentil Simões; de Central de Minas, Gilmar Dorneles de Souza; e de Itaipé, Gilmar Teixeira. Todos foram acusados de infidelidade partidária e de adesão ao chamado “Dilmasia”, o apoio simultâneo em Minas à presidenciável petista, Dilma Rousseff, e ao governador tucano.
De acordo com o deputado estadual Durval Ângelo, secretário-geral do PT-MG, nos próximos dias a Executiva Estadual irá se reunir, mas já está definido que o partido irá requerer os mandatos dos prefeitos expulsos. “Vamos comunicar à Justiça Eleitoral”, disse. “Esses três prefeitos apoiaram não só o Anastasia como deputados (da coligação adversária) e o senador (eleito) Aécio Neves. Foi uma traição completa.”
Os prefeitos poderão recorrer à Executiva Nacional do partido, mas para Durval a apelação não deverá ter efeito, pois a instância maior petista nunca reformou uma decisão estadual de caráter disciplinar. “Não tem volta.”
Outros dois prefeitos petistas que estavam na mira da Executiva Estadual, Charles Azevedo Ferraz, de Itinga, e Ademir dos Santos Peres, de Andradas, receberam uma advertência e serão obrigados a fazer uma retratação pública.
Ainda durante a campanha, em setembro o diretório estadual notificou 13 prefeitos que assinaram uma carta aberta ao presidente da República – na qual condenaram as críticas de Luiz Inácio Lula da Silva à gestão tucana no Estado – e um “manifesto de reconhecimento” ao tratamento dispensado pelo governo do PSDB. Dos 13 prefeitos notificados pelo presidente do PT-MG, deputado federal Reginaldo Lopes, oito apresentaram justificativas que foram consideradas razoáveis.
