PT lança novo programa em São Paulo

Foto: Arquivo/O Estado

Lula discursa no lançamento do Programa de Governo da Coligação A Força do Povo.

O programa de governo do eventual segundo mandato do presidente Lula, lançado ontem na cidade de São Paulo, tem como foco principal o desenvolvimento. ?O nome do meu segundo mandato será desenvolvimento. Desenvolvimento com distribuição de renda e educação de qualidade?, é o que diz a abertura do projeto divulgado oficialmente em um hotel da capital. No capítulo Brasil Produtivo, o projeto fala em desenvolvimento com distribuição de renda, estabilidade de preços, redução da vulnerabilidade externa e mais investimento.

Esbanjando otimismo e bom humor, satisfeito com o resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem, Lula prometeu mais do mesmo: continuidade das políticas econômica e de relações internacionais, ênfase na educação, no desenvolvimento e distribuição de renda, caso vitorioso no pleito de outubro.

Segundo o presidente, o futuro do Brasil é ?promissor?, e até mesmo os problemas políticos que o País enfrenta serão resolvidos, na visão dele, ?na eleição?. ?O povo vai resolver o problema político agora, em 1.º de outubro?, afirmou ao discursar em evento no hotel Blue Tree.

Lula disse que respeitará a vontade popular resultante da eleição, e que entende que é necessário, para o bem da democracia, existir diversidade política. ?A gente não faz política com quem a gente gosta. Quem a gente gosta, é nosso companheiro, a gente leva para casa e faz churrasco?, afirmou, mantendo o tom de pragmatismo político que ele vem demonstrando nas últimas semanas.

O presidente prometeu que seu próximo governo intensificará o combate à corrupção, sem citar diretamente os envolvidos nas denúncias do mensalão ou dos sanguessugas, mas insistindo que reforçará as atuações da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Federal.

?No meu governo é assim: não tem lixo embaixo do tapete. Doa a quem doer?, declarou, tendo anteriormente se referido a uma visita que ele fez numa casa de palafita em Olinda, Pernambuco, e que a dona afirmava que apesar das condições precárias, sempre mantinha a residência limpa.

Lula insistiu que as instituições denunciarão, prenderão e culparão aqueles que forem culpados e que, ao mesmo tempo, uma eventual segunda administração dele apoiará a reforma política como outra medida de fortalecimento das instituições.

?Não quero reforma política para mim. Na medida em que a sociedade não confia nos políticos, teremos coisas piores?, observou. Para ele, será necessária a realização da reforma política com enfoque na fidelidade partidária e no financiamento público de campanhas. ?Os partidos, o Congresso Nacional e a sociedade farão a reforma, não o presidente da República?, insistiu.

Dentro das metas propostas, estão: continuidade da recuperação do salário mínimo acima da inflação e aumento do crescimento de empregos formais, prosseguir o processo de redução da relação dívida pública/PIB; aprofundar a redução da taxa de juros, aproximando-se da praticada em países em desenvolvimento, sem citar, contudo, qualquer percentual de redução; prosseguir com uma taxa de investimento acima dos 25% para garantir um crescimento superior ao atual. Os investimentos no setor produtivo hoje estão na faixa dos 20%.

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