Sucessão

PT já admite Gleisi como vice de Osmar

O deputado federal André Vargas (PT) visitou, ontem, a reunião de bancada do PMDB para levar ao partido do governador Orlando Pessuti a proposta de grande aliança PDT/PT/PMDB para apoiar o senador Osmar Dias (PDT) nas eleições de outubro.

Vargas informou aos peemedebistas que o PT pode sim abrir mão da candidatura de Gleisi Hoffmann ao Senado, “mas só se for extremamente necessário, o que, hoje, não achamos que seja”, e abriu a possibilidade de coligação, até, na proporcional.

“Para vencermos a eleição para o governo do Estado, justifica até uma grande aliança na proporcional, mesmo que isso signifique um rearranjo nas chapas e nas bancadas de deputados federais e estaduais”, disse André Vargas, que só não admite a aliança na proporcional entre PT e PMDB apenas, “mas com todos os partidos, é possível”.

Segundo Vargas, a primeira questão levantada pelos peemedebistas foi se, pela aliança, o PT abriria mão da candidatura de Gleisi ao Senado “Disse que sim se tiver necessidade, para a entrada de alguém forte para o Senado. Mas, se o (ex-governador, Roberto) Requião topar uma chapa com ele e a Gleisi para o Senado, fechamos assim”, disse.

O secretário nacional de Comunicação do PT, disse que na conversa com o PMDB não abordou a possibilidade de desistência de Pessuti, pré-candidato à reeleição. “Daí não, isso é entre eles. Respeitamos a pré-candidatura do Pessuti e ficaria constrangedor discutirmos nesses termos”.

Vargas disse ter identificado três forças distintas dentro do PMDB, pensando em soluções diferentes para o partido nas eleições: “Há a bancada, o Pessuti e o Requião e, para que o partido consiga tocar a campanha, pelo menos duas dessas correntes terão que convergir”, disse. “A tese do Requião, de apoiar Osmar Dias é a que nos agrada”, concluiu.

Em entrevista à Radio BandNews, o senador Osmar Dias deu uma pequena esperança à aliança com o PT. Apesar de dizer que “hoje, nossa conversa com o PT não vai ter prosseguimento em função desta divergência de projetos, de objetivos”, o senador lembrou que “se você fizer uma afirmação, hoje, sobre política, amanhã pode ser desmentido” e disse que continua conversando normalmente com o PT, “não só sobre aliança”, votando com o PT no Congresso e fazendo parte da base de apoio ao governo Lula.

“Hoje, digo acho que está encerrado o assunto com o PT porque da forma como o PT coloca sua proposta não satisfaz o que o PDT vê como necessidade”, disse Osmar, deixando entender que se o PT ainda estiver disposto a cumprir exigências como a indicação de Gleisi Hoffmann como candidata a vice-governadora na chapa e a atração de outros partidos da base do governo Lula para a aliança, a conversa poderia ser retomada.

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