Antes de oficializar quais serão os candidatos na eleição interna de dezembro, o PT se prepara para investigar supostas irregularidades nos primeiros preparativos para a ida às urnas. Reunido nesta sexta-feira (5) na capital paulista, o Diretório Nacional tomou a decisão de investigar a contabilização do número de filiados com direito a voto no processo de escolha das novas direções. Estão sob suspeita mais de 5.200 filiações somente na cidade de São Paulo. Se forem aceitos como válidos para a eleição de dezembro, esses votos seriam suficientes para interferir até mesmo na eleição do presidente nacional da legenda.

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De acordo com o estatuto do PT, um filiado só pode votar nas eleições se integrar os quadros partidários há pelo menos um ano. Como o Processo de Eleições Diretas do PT (PED) está agendado para o dia 2 de dezembro, só podem votar aqueles que se filiaram até 2 de dezembro do ano passado. Segundo o terceiro vice-presidente da legenda, Jilmar Tatto, as filiações colocadas em questão chegaram ao Diretório Nacional do PT no dia 20 de dezembro, por meio da Secretaria-Geral do PT municipal.

A entrega tardia das fichas foi justificada por falhas de organização, sob o argumento de que os documentos haviam sido entregues antes do dia 2 em outras instâncias. Ele afirmou ainda que a maioria das filiações estariam ligadas a corrente Construindo um Novo Brasil e Movimento PT. O primeiro grupo vai lançar como candidato à presidência nacional do partido o atual ocupante da vaga, o deputado Ricardo Berzoini. Já a segunda integra a coligação de apoio que lançará o próprio Jilmar Tatto na disputa, junto com PT de Luta e de Massa e Novo Rumo para o PT.

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