O fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás, Petros, esteve sob o comando direto de sindicalistas do PT, de 2012 a 2014, período em que foram tomadas decisões de investimento consideradas de alto risco e de retorno financeiro duvidoso. Segundo fontes do Conselho Deliberativo, órgão administrativo máximo da fundação, a Petrobrás foi pressionada nos últimos anos para que a diretoria da Petros fosse escolhida pelos empregados, em votação interna. Essa seria uma tentativa de despolitizar a instituição. A proposta chegou a ser levada ao Conselho de Administração da estatal, mas nunca avançou por esbarrar na resistência de líderes petistas ligados à CUT.

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Hoje, o fundo é comandado por Walter Mendes Júnior, que, em agosto, renunciou a uma cadeira no Conselho de Administração da estatal para assumir a Petros. Com passagem pelo Itaú Unibanco e por fundos estrangeiros de investimento, Mendes Júnior é reconhecido pelo mercado financeiro como um executivo de perfil técnico. Ele foi indicado pelo atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente.

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Já a Previ teve nos últimos anos em seu comando quatro presidentes: Sérgio Rosa, Ricardo Flores, Dan Conrado e Gueitiro Genso. Ex-sindicalista e diretamente ligado ao PT, Rosa presidiu o maior fundo de pensão do País por dois mandatos, desde o início do governo Lula, em 2003, até 2010.

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Apesar de petista fiel, o executivo era considerado muito autônomo e técnico para os padrões do Planalto à época. Rosa não conseguiu fazer seu sucessor na Previ. Depois dele passaram a comandar o fundo nomes de perfil técnico. O primeiro foi Ricardo Flores, que acabou saindo por decisão de Dilma Rousseff, após uma queda de braço com o então presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Depois de Flores assumiram Dan Conrado e, no ano passado, Genso, ambos sem fortes ligações políticas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.