PT fecha ano com candidatura indefinida

Com duas pré-candidatas ao Senado, a deputada federal Dra. Clair e a diretora financeira da Usina de Itaipu, Gleisi Hofmann, o PT do Paraná vai fechando o ano com uma incógnita: a candidatura ao governo do senador Flávio Arns. Afastado das atividades partidárias desde o início de dezembro, quando entrou em licença médica para tratamento de saúde, o senador ainda é uma dúvida internamente, embora oficialmente a direção estadual do partido sustente que Arns mantém a disposição de disputar o governo. Mas o senador, que tem mais quatro anos de mandato no Senado, prefere não se manifestar sobre o assunto.

Para Dra. Clair, que conversou com o senador há cerca de quinze dias, ele disse que gostaria de avaliar o quadro nacional antes de assumir o projeto. "O senador Flávio Arns é um nome que agrega. É importante que ele seja o nosso candidato. Nós conversamos há pouco tempo e ele disse que não queria precipitar as coisas porque há uma questão nacional a ser avaliada. É preciso levar em consideração a necessidade para a nossa candidatura a presidente da República", afirmou a deputada. Ela disse que pode apresentar seu nome para o governo se Arns decidir retirar sua pré-candidatura. "Se ele não for, nosso nome será colocado", afirmou a deputada.

Apontada pelo presidente estadual do partido, André Vargas, como a provável sucessora de Arns, em caso de desistência, a diretora financeira da Itaipu afirmou que não vê essa possibilidade. "O nosso candidato é o senador e não há nenhuma discussão sobre o contrário", resumiu. Hofmann afirmou ainda que as definições do partido para a sucessão estadual serão aprovadas em março, durante encontro estadual do partido, e que estão vinculadas à análise da situação nacional.

Palanque

Para Dra. Clair, seria melhor que Arns mantivesse a pré-candidatura. Mas, ainda que haja mudança de nomes, a deputada avalia que não se altera a decisão do partido de concorrer com candidato próprio ao governo. Ela avalia que, depois da crise enfrentada em 2005, mais do que nunca, o PT precisa de um palanque no Estado para defender a legenda dos inevitáveis ataques de adversários, como também para apresentar as realizações do governo federal.

Crítica em relação à política econômica, a deputada comentou que a campanha eleitoral do próximo ano vai ter que mostrar o lado bom do governo, mas também há espaço para pressionar por mudanças. "O crescimento do País tem que ser o ponto central do programa do partido. Esperamos que o presidente Lula assuma essa posição diferenciada sobre o futuro. Porque a base do PT é o movimento social e esses setores continuam esperando mudanças", comentou.

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