O líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou nesta quarta-feira, 11, que o PT fará “oposição firme” caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do cargo. “Se for aprovado o afastamento, não há outro caminho para nós que não a oposição”, disse.
De acordo com o senador, o PT fará uma oposição responsável, e não uma oposição ao País. “Faremos uma oposição firme, mas não uma oposição igual a que eles fizeram ao nosso governo, quando tentaram incendiar o Brasil com pautas bomba, com associação ao corporativismo mais atrasado, com um processo de instabilidade política que levou a uma instabilidade econômica”, afirmou.
Costa disse estar confiante que o governo irá provar ao longo dos próximos meses que a presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade.
Senado
Com a sessão que votará o afastamento da presidente Dilma Rousseff já em andamento, o líder do governo no Senado, senador Humberto Costa (PT-PE), chegou à Casa afirmando que o governo terá um resultado melhor na votação desta quarta-feira do que teve na semana passada com a votação do processo na comissão. “Pretendemos ter pelo menos o suficiente para, lá na frente, impedir o impeachment”, disse. Para que o processo não continue, na próxima votação, o governo precisará de 54 votos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Na comissão, 15 senadores votaram a favor da continuidade do processo e apenas 5 contra.
Já dando como certo o afastamento da presidente na votação que acontecerá entre hoje e amanhã, o líder afirmou que o PT não vai aprovar as chamadas “pautas-bomba”, que prejudicam os cofres públicos e criam despesas extras para a União nesse momento de ajuste fiscal. “Nós seremos o maior partido de oposição do Brasil, mas não ao Brasil. Não vamos fazer o que eles fizeram para gerar instabilidade, dificuldade, isso, com certeza, não vamos fazer”, afirmou.
Por outro lado, Costa ressaltou que o partido irá lutar contra “qualquer tentativa de retirar direito dos trabalhadores”. Durante a discussão do ajuste fiscal e da reforma da Previdência Social, o partido argumentou que o projeto desenhado pelo governo retirava direitos e se posicionou contra. “Vamos assumir defesa radical da denúncia de que se trata de um golpe, de um presidente sem legitimidade se isso vier a acontecer e vamos lutar contra qualquer tentativa de retirar direito dos trabalhadores”, destacou.