O senador Osmar Dias (PDT) assumiu o compromisso com o presidente estadual do PT, deputado estadual Ênio Verri, de oficializar até o próximo dia 10 de abril a proposta de aliança para a eleição ao governo do Estado. No dia 10, o diretório estadual do PT irá se reunir para deliberar sobre sua política de alianças do partido no Paraná. O presidente estadual do partido, deputado Ênio Verri, disse que o senador Osmar Dias já se dispôs a encaminhar a proposta para que seja apresentada na reunião do diretório estadual. No ano passado, o PT estabeleceu o encontro como prazo para definir os rumos do partido na sucessão estadual, que podem ser dois: a aliança de apoio à pré-candidatura do senador pedetista ou o lançamento de candidatura própria.

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“Nós conversamos no sábado passado, em Paranavaí, e ele disse que irá mandar a proposta”, disse Verri, citando o horário, meio-dia, e o local, a Sociedade Rural do Noroeste do Paraná, em que conversou com o pré-candidato do PDT. “Dou os detalhes porque parece que há um descompasso nas informações”, citou o dirigente petista, referindo-se às reticências do próprio senador sobre o futuro das negociações entre petistas e pedetistas.

A iniciativa de oficializar a proposta de aliança deve ser do senador, afirmou Verri. “Cabe ao candidato ao governo articular as forças políticas. É ele que irá arregimentar os aliados”, justificou. Ontem, Osmar, e o presidente estadual do PDT, deputado Augustinho Zucchi, reuniram-se com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, que apesar de ser ministro do Trabalho se mantém no comando do diretório nacional, para discutir os encaminhamentos do possível acordo com o PT no Paraná.

“Sim”

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O PDT tem algumas condições para se aliar ao PT. A primeira delas é agrupar outros partidos da coalizão do governo do presidente Lula (PT), como o PP e PMDB. A outra é que a ex-presidente estadual do PT Gleisi Hoffmann ocupe a vaga de candidata a vice-governador. Mas antes de começar a discutir a ampliação do leque de alianças ou a composição da chapa, é preciso fechar o acordo, disse Verri. “Primeiro, decidimos se fazemos aliança ou não. Depois, vamos conversar sobre os desdobramentos”, afirmou.

Entre os aliados desejados por Osmar, o mais distante é o PMDB, neste momento, reconhece Verri. “O PMDB tem um pré-candidato ao governo. É o Pessuti. Se por acaso, o Pessuti não sair, é mais do que natural que ocupe a vaga de vice na aliança. O PT abre mão de indicar o candidato a vice-governador com a perspectiva de construir um leque maior de aliados”, disse Verri. Se o PDT não se manifestar sobre a aliança, o PT vai continuar discutindo a composição com os outros partidos da base, acrescentou.

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