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Bernardo, Gleisi e Arns: um deles será
o nome do PT para disputar o Iguaçu, segundo o presidente do partido.

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Reeleito para a presidência estadual do PT, o deputado estadual André Vargas disse ontem que o partido terá candidato próprio ao governo e que está fora de cogitação uma aliança com o PMDB no primeiro turno das eleições do próximo ano. Segundo Vargas, as divisões e divergências internas desaparecem quando o assunto é candidatura própria. "Quem ganhou, quem perdeu. Todos defendem candidatura própria", afirmou o presidente reeleito do partido.

Para o presidente do PT, nem mesmo uma ordem de Brasília mudaria a disposição do partido no Estado. Segundo Vargas, desta vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teria como impor uma aliança com o governador Roberto Requião, que deve concorrer à reeleição para o cargo. "O Lula cuida da vida dele lá e nós da nossa, aqui. Além disso, o Lula vai precisar de um palanque viável e confiável para a sucessão presidencial. O Requião não é esse palanque", afirmou.

A indisposição do PT com o governador e o PMDB vem aumentando à medida em que Requião vem subindo o tom das críticas ao governo Lula. Tido inicialmente como um aliado do governo federal, o governador começou atacando a política econômica. Nos últimos dias, segundo relatos dos petistas, o governador passou a fazer ressalvas mais ácidas ao partido, e a alguns dos seus integrantes, fazendo referências ao escândalo do mensalão, em Brasília.

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Vargas cogita até mesmo o lançamento de seu nome para concorrer ao governo em 2006. O presidente estadual do PT seria o quinto nome de uma lista com os mais cotados para concorrer ao governo. Nela estão, por ordem de probabilidade, o senador Flávio Arns, o diretor- geral da Usina de Itaipu, a diretora financeira de Itaipu, Gleisi Hoffmann, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Segundo Vargas, a mobilização interna expressada na votação realizada no domingo, dia 18, para a eleição dos diretórios nacional, estadual e municipais do partido, foi a opção por uma candidatura própria. "A nossa eleição foi um mandato pela candidatura própria", afirmou o dirigente estadual do PT.

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Vargas afirmou ainda que já está vencida a discussão com alguns setores do partido, representados pelos deputados Ângelo Vanhoni e Natálio Stica, que não descartam um acordo eleitoral com o governador do Paraná. "Nós e nossa tese da candidatura própria ganhamos a eleição", declarou.

A bancada do PMDB se reúne hoje para fazer uma avaliação das condições do partido para disputar a eleição do próximo ano. Entre os temas do encontro está a formação das chapas proporcionais do partido nas eleições do próximo ano. Para a Assembléia Legislativa, a chapa já está quase completa, com cinqüenta nomes. Já para a Câmara Federal, os nomes ainda estão sendo listados, informou o vice-presidente do diretório regional, deputado estadual Nereu Moura.

Para o vice-presidente do partido no Estado, as recentes filiações ao partido, sobretudo de prefeitos e candidatos a deputado estadual nos últimos meses, reforçaram a presença do PMDB em Curitiba e Região Metropolitana.